Review

Evil West

Cowboys, Vampiros e muita violência neste velho Oeste.
Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series S/X, PC
Review escrito por:
Danilo Manzato

Evil West atira para todos os lados nesta aventura insana no velho oeste.

A fórmula tem tudo para não falhar, afinal estamos falando de cowboys, vampiros e pitadas de steampunk, assim diversos públicos podem ser agradados com este game.

Misture estes três itens em uma ação desenfreada do começo ao fim e o que sai deste bolo é Evil West.

A história de Evil West

A história acontece neste velho oeste caótico, onde vampiros e outros monstros aterrorizam as cidades. 

Jesse Rentier faz parte do instituto que leva seu nome e foi criado por seu pai William Rentier.

O Instituto Rentier além de eliminar vampiros da região também atende ao governo dos Estados Unidos, quase que como uma entidade secreta dentro da secretaria de defesa. 

Após uma missão bem sucedida e trazerem como prêmio a cabeça de D’albano um poderoso vampiro para sua base, Felicity, a filha deste vampiro resolve vir atrás e se vingar destruindo a base e ainda infectando o pai de Jesse.

Desta forma agora temos a missão de correr contra o tempo caçando Felicity e as diversas feras que ela está criando para parar com esta insanidade e ainda encontrar um meio de curarmos nosso pai.

Como é jogar Evil West?

Jogar Evil West é bem fluido.

Por mais que sejam muitas opções de armas e ataques, diferente de outros jogos onde você tem que pausar ou ficar selecionando a arma que vai utilizar, em Evil West cada arma é acionada através de um botão específico.

Sendo assim um botão para soco, outro para uma arma rápida, quando miramos automaticamente os tiros serão da espingarda e por ai vai.

Esta ideia de controle faz com que o jogo seja extremamente dinâmico, poupando o jogador de perder o ritmo para fazer escolhas quebrando o ritmo das batalhas.

Pode até parecer confuso, porém mesmo na loucura quando a tela está infestada de inimigos você vai saber como se virar e saberá exatamente qual botão apertar para usar a arma ideal em cada momento.

As armas contam com munição infinita, mas é necessário esperar um tempo para que as balas voltem e assim você possa utilizá-las novamente.

Todas as armas ainda possuem upgrades que você consegue fazer a qualquer momento em troca do dinheiro que encontra no jogo, matando inimigos e subindo de nível. Cada arma tem características e funções únicas e os upgrades servem para deixa-las mais forte.

Jesse Rentier também possui upgrades que podem ser feitos com o uso de pontos. A arvore de habilidade conta com pontos para melhorar ataques, habilidades, entre outras coisas que ajudam o game a ficar mais dinâmico.

Aliado aos tiros, porradas e bombas, o personagem é ágil sendo capaz de se esquivar, defender e correr livremente pelo cenário.

Quando não estamos matando demônios podemos explorar um pouco dos cenários.

Evil West é bem dividido em fases, 15 no total, e dentro destas você deverá seguir um caminho, mas em alguns pontos o jogo te da uma certa liberdade para explorar o cenário em busca de itens e dinheiro.

Neste ponto existe um fator bem negativo no jogo pois quando existem duas opções de caminho nem sempre sabemos qual nos leva a um item e qual dará sequência a história. 

Desta forma se o jogador optar por um destes e der sequência na história não será possível retornar para ver o que foi perdido e sempre fica aquele gostinho amargo de ter deixado algo para trás.

Quanto aos inimigos e batalhas épicas não espere muito de Evil West.

Da mesma forma que você enfrenta um inimigo comum também enfrentará os chefes, não existem muitas variações neste sentido.

Os inimigos do jogo sempre virão em forma de ondas, você chega em uma área enfrenta um montante e parte para a próxima.

Talvez o problema desta escolha é que acaba não existindo uma variedade muito grande de inimigos em Evil West.

No começo do jogo você ainda se surpreende com um ou outro monstro gigante, no entanto depois você continuará reencontrando estes mesmos monstros a todo momento, duas ou três vezes na mesma fase. 

Para um jogo que preza pelo combate é compreensível a repetição de mobs, mas o game peca em nos entregar nas primeiras fases todos os inimigos que você vai enfrentar pelas próximas 8h de jogo. 

Um jogo novo com gosto de Nostalgia

Em diversos momentos jogando Evil West eu sentia que estava jogando um jogo no Playstation 2.

Confesso que foi um sentimento estranho.

É comum vermos empresas fazendo jogos atuais no molde de outras gerações, principalmente explorando os games da geração 8 e 16 bits.

Eu não sei se o desejo dos desenvolvedores e criadores de Evil West era passar este mesmo sentimento, de estarmos hoje em dia jogando um jogo da geração 128bits, mas de fato foi o que me passaram.

A exploração e o combate lembram muito jogos como Devil May Cry e os primeiros God of War e isso claro está longe de ser ruim já que são títulos excelentes.

Mas em Evil West essa sensação tem seus pontos positivos e negativos.

Como positivos é a sensação de um jogo totalmente despretensioso, com personagens que não buscam ser grandiosos, quase que como se soubessem que são um jogo de video-game, caricatos, frases de efeito genéricas unidas a um controle que a todo momento te faz lembrar que está jogando um jogo apenas pela diversão e pelo momento.

Já de forma negativa fica a maneira em que a narrativa do jogo é contada. Existem diversos cortes secos durante o jogo, o personagem mal acaba de falar, corta para uma tela de loading que corta para Jesse em outro lugar.

Estes cortes me incomodaram bastante, sinceramente não sei se foi pelo estilo de jogo que os desenvolvedores optaram por fazer ou simplesmente foi uma falta de polimento. Toda cena parece estar inacabada.

Pode parecer preciosismo reclamar de algo assim, mas em diversos momentos quando você está no clímax de uma cena tomar um corte para uma tela de loading de maneira tão brusca te faz simplesmente esquecer o que acabou de ver e estes cortes acontecem em todas as cenas do jogo, desde momentos banais até pontos importantes da trama.

Evil West vale a pena?

Evil West é um bom jogo, despretensioso e tentando ser simplesmente entretenimento em forma de vídeo game.

Embora o game tenha sido muito bem produzido, tudo funcione perfeitamente bem, tenha bons gráficos e uma jogabilidade fácil de aprender, fica uma linha tênue entre o que é ser despretensioso pensando apenas na diversão e o que é ser um jogo genérico.

Em diversos momentos eu senti um pouco deste sentimento durante as 10h em que passei jogando Evil West. Haviam momentos que eram pura diversão e outros que me cansava por ser muito mais do mesmo.

No geral o saldo é positivo, me diverti bastante com o título e é sempre bom ver uma nova franquia surgindo, pois sim, Evil West tem tudo para se tornar uma grande franquia e espero que isso aconteça.

Precisamos de mais jogos despretensiosos e até um pouco genéricos para lembrarmos que no fundo, video game é sim entretenimento e diversão.

Agradecemos a Focus Entertainment e a Flying Wild Hog que nos enviaram uma copia de Evil West para a criação deste review.

A trama de Evil West não tem muitos segredos.

Após Felicity infectar William, mesmo que Jesse lute contra o tempo sabe que seu pai acabará se transformando em um vampiro e assim deverá acabar com ele em nome do legado que seu velho construiu.
O problema talvez é que não existe nada de emocionante neste contexto.

Jesse parece relutar contra isso muito mais por honra do que por ser seu pai e até mesmo no momento em que a luta enfim acontece e acaba é algo sem sentimentos, fria, poderia ser qualquer outro personagem ali. Inclusive se fosse Edgard seria mais interessante e emocionante.

No final de tudo Evil West deixa portas abertas e grandes possibilidades de se tornar uma franquia e ganhar novos títulos.

Evil West

Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series S/X, PC
Versão que jogamos:
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Pontos Positivos

  • Jogabilidade rápida e divertida
  • Boa quantidade de fases
  • NG+ aumentando fator replay

Pontos Negativos

  • Cortes secos entre as cenas
  • Pode ficar um pouco repetitivo
Review escrito por:
Danilo Manzato

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