Avatar: Frontiers of Pandora é um jogo de tiro em primeira pessoa de mundo aberto, baseado no universo criado pelo cineasta James Cameron.
O jogo foi desenvolvido pela Massive Entertainment, em parceria com a Lightstorm Entertainment e a Disney, e lançado em 7 de dezembro de 2023 para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.
A aventura se passa em uma nova região de Pandora, chamada Fronteira do Oeste, e segue a história de um Na’vi que foi criado em cativeiro pelos humanos e que agora busca se libertar e defender o seu planeta da invasão da RDA, a corporação que explora os recursos naturais de Pandora.
História inicial
A história se inicia com um Na’vi pertencente ao clã Sarentu, vivendo sua infância sem nunca ter presenciado o mundo exterior de Pandora.
Sequestrado quando ainda era um bebê pela RDA, uma organização humana que busca os recursos naturais do planeta sem considerar seus habitantes, ele foi criado em uma instalação secreta. Ali, foi submetido a experimentos e treinamentos, moldando-o para se tornar um soldado leal ao RDA através do programa conhecido como TAP.
Desprovido de conhecimento sobre sua origem, cultura e laços com a natureza, seu único conhecimento reside na obediência às ordens dos superiores, sobretudo de John Mercer, o cruel líder da RDA na Fronteira Oeste.
Oito anos após esse prólogo, a RDA decide encerrar o programa TAP e eliminar os Na’vis envolvidos. No entanto, Alma, uma humana capaz de se tornar um Avatar, se rebela e ajuda a esconder o protagonista e seus amigos.
Eles são colocados em uma unidade de refrigeração. Com o passar de mais alguns anos, Alma retorna de repente e desperta novamente os Na’vis. Ela convida o protagonista para se unir à Resistência, um grupo cooperativo formado por Na’vis e humanos contra a RDA.
Movido por um instinto interior, o protagonista decide buscar sua verdadeira identidade. Ele foge da instalação e se depara com a exuberância e a diversidade da Fronteira Oeste. Encantado e amedrontado simultaneamente, ele se sente desorientado diante da necessidade de se adaptar aos costumes e comportamentos dos demais Na’vis.
A principal questão com a história de Avatar reside no fato de ser tão simples quanto o próprio filme em que é inspirado, carecendo de uma trama verdadeiramente inovadora. O jogo, por sua vez, falha ainda mais ao negligenciar o desenvolvimento dos personagens e das culturas dos Na’vi. Tudo parece superficial e apressado, sem o tempo necessário para aprofundá-los. Justo quando se inicia a conexão com algum clã ou personagem, o protagonista é forçado a seguir para outra vila, onde novos personagens e culturas são introduzidos, reiniciando o ciclo mais uma vez.
Como é jogar Avatar: Frontiers of Pandora?
O jogo tem um grande foco na exploração, já que Pandora é um mundo vasto e cheio de segredos. O jogador pode interagir com o ambiente, coletar recursos, encontrar itens colecionáveis, resolver quebra-cabeças e descobrir mais sobre a cultura e a história dos Na’vi.
O jogo é em primeira pessoa e o combate é baseado em ação, dependendo do estilo do jogador, podendo utilizar arcos, lanças, rifles de assalto, escopetas.
Além disso, poderá usar seu instinto Na’vi para visualizar inimigos através de paredes e destacar pontos fracos, permitindo assim uma abordagem estratégica. Esse mesmo instinto realça itens cruciais no mapa, bem como o objetivo principal da missão, oferecendo uma orientação adicional ao jogador.
O jogador também pode usar o seu Ikran para combater no ar, usando manobras evasivas e ataques especiais. O jogo tem pouca variedade de inimigo, sendo os humanos comuns e humanos em armaduras, até o final do game você irá enfrentar apenas esses 2 tipos de inimigos na RDA, as vezes ele modifica a armaduras tendo alguns que lançam misseis e outros com um lança chamas, mas é tudo muito repetitivo.
Além disso, os jogadores têm a opção de caçar animais para propósitos culinários. Além de restaurar a vida gradativamente, esses animais podem fornecer bônus temporários aos jogadores, como aumentos no dano, na resistência e na vida máxima temporariamente.
Um dos pontos negativos do jogo é o seu sistema de progressão, que obriga o jogador a ter um nível mínimo de equipamento para poder avançar nas missões principais. Isso faz com que o jogador tenha que gastar horas buscando recursos e itens para criar equipamentos melhores, o que pode se tornar tedioso e repetitivo.
O jogador também pode investir pontos em cinco árvores de habilidades: Sobrevivência, Guerra, Caça, Artesanato e Montaria.
Cada árvore de habilidades tem vários níveis e ramificações que necessitam de pontos de habilidade distintos, que oferecem diferentes benefícios e vantagens.
Além disso, o jogador pode desbloquear habilidades ancestrais, que estão ligadas à herança dos Sarentu. Estas habilidades ancestrais são obtidas ao se conectar com plantas específicas no mapa, que revelam os segredos e as tradições dos antepassados.
Além disso, o jogo tem muitas missões secundárias que são pouco originais e interessantes, como coletar itens, eliminar alvos, escoltar personagens e destruir bases da RDA.
Avatar: Frontiers of Pandora também tem alguns problemas técnicos, como bugs visuais e quedas de desempenho.
Gráficos e Ambientação
Um dos aspectos visualmente impressionantes em Avatar é sua representação ambiental, que consegue recriar fielmente o mundo de Pandora, proporcionando uma imersão notável.
Com uma variedade de biomas, como florestas, montanhas, rios, cavernas e pântanos, cada um apresentando suas características individuais e desafios únicos, o jogo oferece uma experiência diversificada.
A flora e fauna exóticas interagem entre si e com o jogador, contribuindo para a riqueza do ambiente. Além disso, a utilização eficaz do som e da música se harmoniza com a atmosfera de cada cenário.
Outro ponto relevante nos gráficos é a transição entre o dia e a noite, influenciando não apenas a iluminação, mas também a aparência e o comportamento de Pandora.
Durante o dia, o jogo ressalta a beleza e vivacidade do planeta, exibindo cores vibrantes e contrastes marcantes. Já à noite, há uma representação mágica e enigmática de Pandora, com tonalidades neon e efeitos luminescentes. O ciclo lunar também desempenha um papel, influenciando a intensidade e a cor da luz noturna.
Essas mudanças contribuem para capturar tanto a essência quanto a emoção de Pandora, independentemente do período do dia.
Avatar: Frontiers of Pandora vale a pena?
Avatar: Frontiers of Pandora é um jogo que certamente atrai os fãs da franquia de James Cameron, oferecendo uma imersão fascinante no mundo de Pandora e em sua rica cultura.
Além disso, é uma ótima opção para entusiastas de jogos de mundo aberto, permitindo uma experiência envolvente ao explorar e desvendar os mistérios do planeta. No entanto, sua falta de inovação e surpresas pode desapontar aqueles que buscam uma narrativa mais profunda e uma variedade maior na jogabilidade.
Visualmente, o jogo é deslumbrante, apresentando alguns dos melhores gráficos da atualidade. No entanto, semelhante aos filmes, pode ser percebido apenas como um espetáculo visual superficial, deixando a desejar em outros aspectos mais substanciais.
Agradecemos a equipe da Ubisoft que nos enviaram uma cópia do jogo para a criação deste review