Review

Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

Um remaster feito com tanta qualidade que parece um remake.
Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series S/X, Nintendo Switch, PC
Review escrito por:
Danilo Manzato

Final Fantasy VII é sem dúvida é um dos mais importantes RPGs da história dos video-games.

O título trouxe inúmeros derivados, sendo outros jogos, animes, filmes, livros e mangás que abordam o universo criado pelo jogo lançado em 1997.

Dentro destes diversos conteúdos, Crisis Core foi um jogo originalmente lançado para PSP e se destacava pela sua jogabilidade que lembrava outro game contemporâneo da própria Square Enix, Kingdom Hearts.

Na história de Crisis Core Final Fantasy VII Reunion o protagonismo agora é de Zack Fair ao invés de Cloud.

Zack e Cloud em Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

E esta escolha faz todo sentido já que o game acontece antes da história original.

Importante dizer que Crisis Core pode sim ser jogado independente do jogador conhecer a obra original, no entanto pode não ter o mesmo valor.

Crisis Core destaca não só Zack que no jogo de 1997 é apenas citado em alguns momentos chaves mas também narra e mostra um pouco de seu passado e os caminhos e escolhas que o levaram até momentos que mudaram o destino de diversos personagens na trama.

Assim podemos ver durante a história do game como Zack influenciou e mudou a vida de Aerith, Cloud, Yuffie e Tifa, esclarecendo detalhes que na obra original não haviam sido explicados. 

Zack e Aerith - Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

Embora seja um jogo original de 2007, lançado 10 anos após o primeiro título, Crisis Core se encontra em um momento interessante agora em 2022, já que ele hoje faz uma importante ligação com a parte final de Final Fantasy VII Remake que foi lançado em 2020.

Para quem não conhece o game original e jogou apenas o Remake, o final do jogo de 2020 explora algumas mudanças e situações que não aconteciam originalmente trazendo novos caminhos para esta história.

Zack agora parece ter ganho um peso ainda maior dentro da história, por isso Crisis Core ganhar um remake às vésperas do lançamento de Final Fantasy VII Rebirth, a segunda parte deste remake de 2020, faz com que o jogo seja ainda mais valioso para a lore dos personagens.

Para quem é fã da franquia e da história original que deu origem a todo este universo a história de Crisis Core complementa

Como é Jogar este Remaster?

O game abandona as batalhas em turno do original e parte para algo mais dinâmico.

Embora mantenha detalhes que encontramos em jogos de RPG como uma progressão através de pontos de experiência, níveis e equipamentos, Crisis Core tem um sistema de batalhas e uma gameplay que se assemelha a um Hack and Slash.

Não existem as clássicas barras de ATB que limitam o jogador a ter de esperar o momento em que possa tomar uma ação, permitindo assim que você possa atacar, soltar uma magia, realizar um movimento especial e utilizar itens a qualquer momento da batalha. 

Tudo é muito rápido durante as lutas que acontecem de forma aleatória.

Enquanto andamos e exploramos os cenários, não avistamos os inimigos como acontece em Final Fantasy XII ou no próprio VII Remake sendo assim pegos de surpresa a qualquer momento de forma aleatória.

Não equipamos armas no personagem mas é possível equipar acessórios que melhoram nossos atributos e as matérias que são marca registrada de Final Fantasy VII também estão presentes, podendo ser utilizadas para magias, summons, ataques especiais e melhorias de status do personagem.

Durante o jogo também não contamos com time, Zack é o único em batalha o tempo todo.

Mesmo sem contar com um time existe o DMW que é uma espécie de roleta que gira sem parar durante as lutas.

O sistema de DMW tem valores aleatórios baseado em personagens que encontramos durante a história e como Zack se relaciona com eles.

Toda essa aleatoriedade pode nos ajudar ou ser neutro durante as batalhas sendo responsável por aumentar nossos atributos, criando imunidades temporárias ou liberando uso de magias infinitas por alguns segundos.

Phoneix é uma das summons em Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

A evolução do jogo como aumento de nível de personagem, de matérias e até mesmo a utilização de ataques mais poderosos e summons depende da sorte neste modelo de roleta.

No painel de matérias também é possível realizar fusões entre elas para que novas matérias sejam criadas.

Você pode por exemplo pegar uma Blizzard e fundir com uma Fire para criar uma matéria nova que mescle os dois elementos, ou misturar duas matérias de um mesmo elemento para criar uma versão mais forte, por exemplo duas matérias Fire no máximo para criar uma Firaga.

Este modo de fusão do jogo é bem interessante para criarmos matérias novas e não ficarmos limitados às poucas básicas que o jogo proporciona.

Fora os detalhes de jogabilidade o game acontece em capítulos, sendo 10 no total e além de sua história é possível fazer missões secundárias para rever detalhes da história, enfrentar novos monstros e conquistas mais itens e matérias. 

Essas missões ficam habilitadas nos pontos de salvamento do jogo ou conversando com alguns poucos NPCs e embora sejam totalmente opcionais aumenta em muito as horas do jogo.

Crisis Core não é um jogo longo e você poderá terminar sua história principal por volta de 10h caso ignore as missões secundárias, porém o jogo conta com um NG+ podendo reiniciar o game mantendo seus equipamentos, matérias e nível desde o início do game.

Os cenários não são grandes e a exploração por eles acontece de forma simples sem a necessidade de muita exploração. É importante sabermos que o jogo continua sendo um produto pensado para o PSP e essas limitações de estrutura e tamanho de cenários se mantêm, já que estamos falando de um remaster.

Remake ou Remaster?

No geral já é bem confuso definir quando um jogo é remake e quando é um remaster.

Costuma-se separar da seguinte forma, quando um jogo é completamente refeito, mudando sua engine, gráficos e até mecânicas ou detalhes da história convém chamarmos de remake. Já quando um jogo se atenta apenas a melhorar seus gráficos atualizando para plataformas mais modernas é conhecido como remaster.

Crisis Core Final Fantasy VII Reunion está entre estes dois mundos.

Qualidade impecável nos gráficos de Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

No entanto, a Square Enix insiste em dizer que o game é um remaster e não um remake.

O jogo está de fato muito bonito e com uma qualidade impecável de seus personagens e cenários.

Em diversos momentos quando são utilizados vídeos para contar a história, percebemos que a qualidade do gráfico do jogo de hoje é muito superior ao vídeo pré-renderizado do original de PSP.

Mas como a desenvolvedora decidiu em Final Fantasy VII Remake não só melhorar o visual mas recontar certos detalhes da história e mudar totalmente suas mecânicas, entendemos o motivo de chamar Crisis Core de Remaster.

Com exceção do visual do jogo, nada foi alterado. Todos os diálogos, caminhos, mapas, inimigos e acontecimentos são 100% iguais ao jogo original.

Crisis Core Final Fantasy VII Reunion vale a pena?

Sem dúvida alguma o jogo é muito importante para a franquia que se tornou o titulo Final Fantasy VII mas é importante saber o que você sabe do jogo original antes de joga-lo.

Mesmo sendo um jogo que funciona perfeitamente bem sozinho, Crisis Core Final Fantasy VII Reunion narra e mostra acontecimentos que após ter absorvido informações da obra original fazem todo o sentido e trazem uma carga emocional muito maior a este jogo.

Cloud vs Sephirot em Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

Até mesmo aqueles que só jogaram o remake podem não ter o mesmo tipo de experiência.

Digo isso como alguém que joga e consome materiais da franquia a mais de 20 anos.

No entanto, se você busca um bom RPG de ação e com uma boa história para contar mesmo sem saber os fatos que o sucedem, ainda assim terá um excelente jogo em mãos.

Acredito que Crisis Core Final Fantasy VII Reunion vale muito a pena e deve ser jogado, fica apenas a crítica pela falta de localização com legendas em português.

Foi uma grande mancada da Square Enix não ter localizado o jogo levando em consideração que o Final Fantasy VII Remake possui uma ótima tradução para o público brasileiro e este título é de total importância para entender a obra como um todo!

Agradecemos a Square Enix que nos enviaram uma cópia do jogo para a avaliação e criação deste review.

Gostou do Review? Se deseja comprar o game temos aqui o link: Crisis Core Final Fantasy 7 Reunion

https://www.youtube.com/watch?v=JrnBSjHBHCQ

O maior valor de Crisis Core sem dúvida algum é ver a ascenssão de Zack tornando-se um Souldiers de Primeira Classe e assistir como Sephirot descobre a verdade sobre a sua história e isso o tira de controle.

Devo dizer que acho os personagens secundários dessa história como Genesis e Angeal bem chatos, é interessante a importância deles em mostrar que a Shinra e seus cientistas são verdadeiros vilões, mas são personagens descartáveis.

Da mesma forma a maneira que Sephirot muda de Heroi para um vilão em apenas 7 dias trancado na mansão da Shinra poderia ter sido melhor explorado caso não tivessemos perdido tempo com estes outros dois personagens.

Assistir esta transformação e então o embate entre Zack e Cloud vs Sephirot é o ápice desta história, algo que na obra original é visto apenas em uma memória mas sem explicar ao certo seu background ou até mesmo explorar o que aconteceu após todo este incidente.

Este pós game depois do ato principal também é um pouco cansativo, entendo que é necessário ter um pouco mais de jogo, porém fica algo bobo escaparmos com o Cloud daquela forma.

No final, a morte do protagonista acontece como esperado e ficamos anciosos agora para entender como isso será alterado em Final Fantasy VII Rebirth contando com Zack que agora está vivo nesta linha temporal.

Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series S/X, Nintendo Switch, PC
Versão que jogamos:
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Pontos Positivos

  • Gráficos aprimorados trazendo uma melhor experiência ao jogo original
  • Traz fatos que aumentam a história do jogo original
  • Jogabilidade ágil e fácil de entender

Pontos Negativos

  • Falta de legenda em Português
  • Missões extras cansativas e repetitivas
Review escrito por:
Danilo Manzato

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