Review

Diablo IV

Diablo IV Review
Mais uma vez temos a divertida missão de salvarmos o mundo das forças do mal
Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series S/X, PC
Review escrito por:
Danilo Manzato

Mais uma vez seremos os responsáveis por acabar com as forças do mal que assolam esse mundo eliminando hordas de demônios e os enviando diretamente para o inferno em Diablo IV.

Seja você um veterano ou alguém que esteja chegando agora na franquia, Diablo IV traz tudo que a franquia sempre soube trabalhar.

Assim, sem reinventar a roda, a Blizzard traz tudo que fez desta uma das franquias mais amadas de volta e com tudo para agradar diversos públicos.

Na história de Diablo IV nosso personagem que pode ser um Bárbaro, Druida, Mago ou … chega a Santuário ainda que meio perdido sobre seu destino.

Assim, após ajudar um vilarejo, somos enganados por estes que acabamos de salvar que nos embebedam com o sangue de Lilith afim de servir nosso corpo para um ritual.

Ao sermos salvos deste sacrifício descobrimos que ao beber o sangue da filha do mal supremo acabamos por criar um elo com ela e assim devemos buscar eliminá-la para que isso chegue ao fim.

Lilith é a grande novidade na franquia, já que está é a primeira vez que nosso herói deverá ir atrás de um mal que não seja Diablo.

Como é jogar Diablo IV

Após esta breve introdução a história Diablo IV já nos apresenta ao grande mundo de Santuário, onde todo o universo do jogo irá acontecer.

Diablo sempre foi uma série dividida em Atos, assim a cada novo Ato eramos transportados para uma nova área, novos inimigos e quests, no entanto neste novo jogo tudo acontece em um grande mapa que pode até ser considerado um jogo de mundo aberto.

Inicialmente o jogador terá 3 quests principais a sua escolha e o que talvez fará você decidir por uma ou outra seja o nível que seu personagem deverá estar para tal missão.

Nas grandes cidades você irá encontrar vendedores e o ferreiro que será responsável por consertar seus equipamentos e reciclar itens para que estes se tornem materiais que serão úteis para evoluir armas e armaduras dentro do jogo.

Também existem diversos pontos de exclamação nas cidades e areas do mapa que nos apontam onde existem NPCs que estão precisando de algum tipo de ajuda, que nada mais são que sidequests no jogo.

Por ser um jogo onde temos um grande mapa a nossa disposição, estas sidequest no geral se resumem a explorar um determinado local atrás de um item, resgatar algo, coletar almas e por ai vai.

Todas essas quests nos ajudam a evoluir de nível e também conseguir novas armas e armaduras para que nosso caminho explorando santuário seja mais tranquilo.

Já na quest principal, recebemos uma história interessante com bons personagens e o tom aventureiro que Diablo sempre nos entregou.

Atualmente Diablo IV conta com 5 classes, cada uma com suas características próprias e também gameplay bem diferenciado e balanceado.

Enquanto algumas classes são ágeis e atacam de longe, outras podem ser pura brutalidade atacando inimigos corpo a corpo sendo mais resistentes a dano.

Para escrever este review, nas mais de 60h em que joguei experimentei duas classes a do Barbáro e a do Mago e consegui notar bastante diferença entre jogar com um ou com outro, mas ambos sendo bem divertidos em suas jornadas.

O game também conta com níveis de dificuldade, para aqueles que nunca jogaram Diablo anteriormente o jogo recomenda o nível 1, mas para quem ja jogou poderá começar no nível 2 tranquilamente. Ao fim de cada jornada por Santuário finalizando o jogo você poderá passar por uma missão secundária e assim habilitar novos níveis de dificuldade onde sera recompensado com itens, armas e armaduras ainda mais poderosos. 

Levando em consideração que Diablo sempre foi um jogo onde o objetivo é destruir hordas para ganhar essas mini recompensas, dificilmente os jogadores não irão tentar chegar aos níveis mais difíceis em busca destes itens especiais e únicos.

Diablo IV também conta com uma árvore de habilidade e cada classe terá habilidades e evoluções que condizem com seu personagem.

Assim a cada nível alcançado o jogador irá ganhar 1 ponto e deverá escolher sabiamente onde utiliza-lo. Escolher entre uma habilidade, uma melhoria ou até mesmo fortalecer uma habilidade que ja possua poderá fazer muita diferença em sua jornada.

Ainda é possível refazer todas as habilidades, o jogo permite que você troque algumas moedas de ouro para que tenha todos os pontos disponíveis novamente e assim realoca-los, mudando completamente sua build. 

Um ponto falho ou que pelo menos eu não encontrei é que quando utilizei essa opção de refazer a build, todos os pontos eram zerados e eu teria que colocar novamente um a um ao invés de apenas escolher ter de volta um único ponto. Por este motivo em diversos momentos optei por não refazer algo pela chata tarefa de ter que me lembrar o que eu queria manter e o que desejaria mudar.

Para aqueles que jogam no console ou utilizando joystick, cada habilidade poderá ser alocada um botão, todos a escolha do jogador e como você irá se adaptar melhor.

Durante sua jornada em Santuário também será normal encontrar outros jogadores perambulando pelo mundo. Com mais frequência nas cidades em busca de ferreiros e lojas mas também em alguns pontos do mapa enfrentando inimigos ou fazendo suas quests.

Você poderá ou não ajudar esses demais jogadores apenas enfrentando inimigos juntos, sem a necessidade de ser convidado a jogar com ele. 

Outra novidade é a possibilidade de utilizarmos um cavalo para nos locomover.

Como disse anteriormente, o mapa de Santuário é bem extenso e o cavalo nos auxilia a fazer grandes travessias de maneira mais rápida, no entanto para evitar que o jogador perca algumas experiências os desenvolvedores optaram por liberar o cavalo apenas após uma determinada parte da história, porém uma vez que você tenha feito isso pela primeira vez quando reiniciar o jogo ou criar um personagem novo o cavalo já estará disponível.

Como em títulos anteriores, além das missões principais e secundárias também é possível encontrar porões, cavernas e muitos calabouços espalhados pelo mapa.

No geral cada calabouço tem uma recompensa definida onde no final deveremos eliminar um grande chefe ou cumprir um requisito para ganharmos esta recompensa.

As recompensas geralmente são expecificas para classes diferentes, assim se você estiver jogando de mago pode decidir se quer ou não fazer uma missão para conseguir uma recompensa para necromante. A vantagem é que essas recompensas são compartilhadas na sua conta, portanto se no futuro desejar jogar com um necromante já terá aquela recompensa em seu iventário.

Pós Game

Pelo tamanho do mapa e as centenas de missões secundárias, seria um desperdício que Diablo IV terminasse assim que nosso herói vence o chefe final.

Assim, felizmente o game poderá continuar após o final com tudo que você deixou para trás e ainda oferecendo novas missões.

Desta forma cabe ao jogador escolher se deseja continuar explorando tudo que ficou para trás ou irá partir para um recomeço agora em um nível de dificuldades ainda maior.

Confesso que durante minha jornada em um determinado momento eu parei de fazer as secundárias para focar na história já que a quantidade de missões extras eram numerosas. 

Hoje, se começar uma nova campanha deixaria facilmente as secundárias para o pós games, focando na história principal e a exploração para o final.

Para aqueles que jogam online também haverão eventos e chefe novos, incluindo alguns onde equipes inteiras deverão enfrenta-los ao mesmo tempo o que faz em diversos momentos que Diablo IV se assemelha muito a um MMORPG.

Um lindo mundo decadente

Diablo sempre foi palco para mundos decadentes, com visuais pesados e sombrios.

Embora seja alvo de críticas, Diablo III possuía uma paleta de cores mais viva o que desagradou fãs da série.

Em Diablo IV a direção de arte impecável do jogo trouxe novamente esta atmosfera de mundo decadente, possuído por algo pesado, um fardo que tudo e todos em Santuário carregam a eras.

Seja na superfície, em calabouços, cidades e no que resta de natureza, tudo é triste e belo em todos os ambientes do jogo.

Além dos cenários pela primeira vez é possível customizar o visual de nossos personagens, coisa que até então na série poderíamos apenas escolher o gênero do personagem.

A customização envolve características físicas, ornamentos, tatuagens, cores entre outras coisas.

Além desta customização inicial, como em Diablo acabamos por pegar milhares de equipamentos podemos também escolher um visual fixo para cada parte da armadura ou arma do nosso personagem, assim caso o jogador consiga uma armadura poderosa mas que não esteja de acordo com seu look, poderá optar por usar um visual que mais lhe agrade.

Uma relação de amor e ódio

Nesta dezena de horas em que passei por Santuário, confesso que tive uma relação de amor e ódio com Diablo IV.

Diablo sempre será um game acima de tudo divertido de se jogar. Uma mescla entre momentos despretensiosos apertando botões a fim de matar milhares de demônios e outros de tensão quando ficamos presos em um chefe por exemplo.

Porém, Diablo IV tem dois fatores que tiraram este clima de diversão e deixaram um gosto amargo de frustração em minha experiência.

O primeiro fator é que o jogo exige que você esteja sempre conectado.

Veja bem, eu joguei toda a campanha com o Bárbaro sozinho, sem me conectar com nenhum amigo, no entanto o jogo tem de estar conectado para que eu possa jogar.

Desta forma, mesmo jogando sozinho e por ser uma escolha minha, eu sofria com todos os problemas que um jogo multiplayer pode ter.

Posso citar problemas como não ter pausa, ser desconectado por alguns minutos de inatividade ou se quer poder abrir o jogo caso a internet da minha casa não esteja funcionando.

Eu tenho um filho pequeno, o que exige que eu tenha que parar diversos momentos para dar atenção a ele ou fazer algo em casa e toda vez que isso acontecia ao retornar eu havia sido desconectado do jogo, mesmo jogando sozinho.

Estes momentos sempre me traziam frustração, pois em diversas vezes eu já havia explorado uma dungeon quase que por completo e ao retornar teria de fazer tudo novamente.

Se estivesse jogando com alguém ou entrando em algum servidor, fazendo uma missão em conjunto até entenderia, porém jogando sozinho seria punido por ter ficado inativo por alguns minutos já que o jogo não possui pausa foi algo que achei desnecessário e irritante.

O segundo fator é que a Blizzard optou por fazer com que o jogo suba de nível junto com nosso personagem e para mim esta escolha mata a vontade de prosseguir no jogo em alguns momentos.

Pense o seguinte, você chegou em um chefe e não consegue derrota-lo, por se tratar de um RPG poderia facilmente deixá-lo para depois, jogar mais um pouco e voltar após subir alguns níveis. No entanto, quando retornar neste chefe, ele também estará mais forte.

No meu ponto de vista acabamos sendo punidos por ficarmos mais fortes ao invés de sermos recompensados.

Por diversas vezes eu tive problemas com alguns inimigos ou até mesmo chefes e a frustração acontecia quando eu via que não tinha mais nada a fazer a não ser tentar a sorte novamente.

Como Diablo IV já possui níveis de dificuldade, não consigo compreender a necessidade que a Blizzard encontrou em fazer o jogo subir de nível junto com o jogador. 

Assim você sempre ficará à mercê da sorte de conseguir bons equipamentos que possam fazer a diferença já que subir de nível poderá ser mais punitivo do que benéfico.

Diablo 4 vale a pena?

Sem enrolação, sim Diablo IV vale a pena. Seja você fã da série ou alguém que esteja chegando agora terá um ótimo jogo em mãos para explorar e jogar por centenas de horas.

Com um fator viciante altíssimo, classes bem diferenciadas e um gigantesco mundo Diablo IV com certeza estará vivo por mais alguns anos, novas classes deverão chegar via DLC num futuro nem tão distante.

E por hora a Blizzard ainda prometeu atualizações trimestrais com novas campanhas e recompensas, o que dará uma longa vida ao game.

Agradecemos a equipe da Blizzard Brasil por gentilmente nos ter enviado uma cópia do jogo para a criação deste review.

Confesso que nos momentos decisivos do jogo fiquei na dúvida se no final ficaríamos do lado de Lilith e Mephisto seria o nosso inimigo final. No entanto ao final a filha do mal foi nossa última inimiga neste que parece ser o começo de uma nova saga no universo de Diablo.

Diablo IV

Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series S/X, PC
Versão que jogamos:
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Pontos Positivos

  • Alto fator replay
  • Direção de arte impecável
  • Mundo vasto a ser explorado
  • Trilha sonora
  • Boa narrativa da história principal

Pontos Negativos

  • Exigência de conexão o tempo todo
  • O nível dos inimigos sobe junto ao nível de nosso personagem
  • Falta de sensação de evolução do personagem
Review escrito por:
Danilo Manzato

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