Endling Extinction is forever foi um jogo que me pegou de surpresa.
Em um primeiro momento havia entendido que seria um jogo para se falar sobre a extinção e a natureza, só não aguardava um jogo tão imersivo.
Em Endling, jogamos o tempo todo com uma raposa que a princípio está buscando sobreviver de um grande incêndio na floresta e que na calmaria quando consegue enfim encontrar uma toca segura acaba dando a luz a 4 filhotes.
Agora, a Raposa mãe, deve ir atrás de alimentos para seus filhotes e ao sairmos da toca onde outrora era uma floresta a presença e os aspectos com diversas intervenções humanas pelo ambiente são notórias.
Neste ambiente que agora é inospito a gameplay de Endling se baseia em alimentar seus filhotes e para isso ir atras de alimentos que estejam pelos cenários. O que a princípio parece até ser simples, no entanto a partir do momento que um de seus filhotes é levado o jogo começa a mostrar seus reais objetivos.
O que parecia ser apenas um jogo de exploração começa a tomar lugar para decisões estratégicas. No momento em que o filhote é levado a mãe raposa não deixa mais os 3 restantes sozinhos na toca, desta forma eles irão te acompanhar sempre que sair em busca de comida e na procura pelo filhote perdido.
Em momento nenhum Endling tenta passar a imagem de animais racionais ou humanizados, eles se comportam simplesmente como animais e devem andar como tal, explorar, buscar comidas em diversos lugares seja caçando, subindo em arvores e até mesmo revirando lixo.
Como a floresta tornou-se um ambiente hostil as caçadas por alimentos também tem limite, podendo assim sair somente a noite e tendo de voltar antes que ela termine.
Caso volte depois de amanhecer poderá ser punido e seus filhotes poderão sentir ainda mais fome por não ter dormido quando deviam.
Todas essas escolhas e exploração fazem o jogo ser dinâmico e até de certa forma meio apressado. São diversas escolhas de caminhos pelo mapa e uma escolha errada pode te fazer demorar demais para voltar para casa ou ir por um caminho onde simplesmente não haja mais comida.
Além disso em alguns momentos você é capaz de farejar seu filhote que foi levado, assim com o tempo limitado e com outros filhotinhos para cuidar deve tomar algumas decisões como alimentar primeiro os que estão com você ou perder o rastro daquele que se foi.
Todas essas variedades de escolha são renovadas a cada nova noite, onde novas rotas surgem e a cada vez que saimos de nossa toca, vemos como o mundo em nossa volta está mais decadente, a vida se esvaindo e a extinção chegando.
Os alimentos são limitados, um rio que ha poucas noites havia peixes não tem mais, arbustos com frutas estão secos e você sempre tem o mesmo tempo para ir atras de alimentos e toda essa busca por comida é de fato estressante quando nos colocamos no papel da raposa.
É desesperador ver os filhotes sofrendo de fome e você andando de um lado para outro e simplesmente não encontrando nada para comer. E sim, os filhotes podem morrer caso você falhe em alimenta-los quando deve.
Na primeira vez que joguei foi um choque, não imaginei que eles pudessem simplesmente morrer e o jogo continuar, mas sim é um desafio chegar ao fim de Endling com todos os filhotes vivos.
Por isso comecei este review dizendo que foi um jogo que me pegou de surpresa. Não pensei que este jogo me faria ficar tão afeiçoado por ele, em querer fazer com que os filhotes não morressem a ponto de reiniciar um novo jogo mais de uma vez.
Embora o mapa não seja longo, você terá diversos caminhos para explorar e talvez uma das minhas críticas ao jogo é que por este ritmo frenético existem diversas situações que o mapa apontava ter algo porém eu não tinha escolha de ir conhecer ja que precisava alimentar os pequenos.
Em tempos onde grandes jogos indies exploram animais como seus protagonistas, Endling – Extinction is Forever é uma ótima escolha para se experimentar.
