Tendo em vista como Kayas Prophecy se estrutura não deixa muitas dúvidas dos pontos fortes e fracos do título.
Basicamente temos um Deck Biulder no estilo rogue onde enquanto não estamos em batalhas, temos que gerenciar uma pequena vila, melhorar nossos combatentes, e alimentar um deus que só nos usa para conseguir comida.

Em suas explorações de rotina nosso protagonista acorda um deus cruel chamado de Kâlades, e desse momento em diante começa nossa jornada para agradar e alimentar essa entidade dia após dia.
Recursos, planos e exploração!
Seu looping básico de jogo se forma nos primeiros minutos, aqui iremos ter que gerenciar uma pequena comunidade enquanto pagamos tributo ao deus recém acordado.
Devemos coletar cartas de cenário para explorar e encontrar recursos, esses materiais devemos fabricar construções e amuletos para usarmos em aventuras, mas se lembre de sempre respeitar o indicador de cartas na mesa, fazendo aquele número subir seus tributos a Kâlades ficaram maiores e sua jornada um pouco mais difícil.

Não podemos e nem devemos ficar com cartas e mais cartas na nossa mesa, já que para sumonar outro ‘pacotinho’ devemos descartar cartas inúteis e assim manter a roda girando.
Vale lembrar que os momentos de gerenciamento por mais simples que sejam, exigem atenção do jogador para ter em mente quantas cartas de ‘comida’ iremos precisar no fim do dia, qual receita focar e também quais combinações básicas podemos fazer para melhorar nossos recursos, já que um coco verde e uma pedra vão ter sempre os mesmo valores, mas misturando essas duas cartas podemos encontrar materiais mais preciosos dentro desse simples coco.
Combate simples mas funcional.
Tanto em nossos momentos de construção e administração da vila, quanto em aventurar no melhor estilo rogue, iremos encontrar inimigos, inimigos esses que vêm em formatos de humanos, insetos gigantes e tudo mais que existe em uma floresta repleta de magia.
As batalhas nesses trechos são a mais pura e simples batalha por turno, com cartas que vamos usando para atacar e defender nosso protagonista.

Um bom aproveitamento dessa simplicidade é ter diversas cartas que liberam apenas quando criamos receitas para nosso explorador na vila. Assim você terá melhores chances de sair vivo de aventuras e dedicar alguns momentos para criar receitas no acampamento.
Mas é inegável a simplicidade tanto em momentos de confronto quanto em momentos de gerenciamento, por mais que o jogo apresenta boas ideias, ele deixa nítido a falta de mais originalidade em seu looping, mesmo sendo divertido ainda é pouco para engajar por mais de algumas horas seguidas.
Nem tudo precisa sem complexo!
Kayas Prophecy é uma bela recomendação para aqueles momentos de incerteza ou falta de tempo do jogador. Sua gameplay vai atrair logo de início com as artes carismáticas e a simplicidade momentânea das mecânicas.
O real problema vem depois de algumas horas com o jogo exigindo uma maior variedade de itens ao mesmo tempo que temos nossas preocupações diárias como alimentar Kâlades.

Gerir sua vila, construir cabanas que irão curar seus aldeões depois de aventuras e até mesmo aprender novas formas de atacar inimigos é muito divertido mas se torna a mesma ação que fizemos desde o começo do jogo.
Uma boa forma de ver Kayas Prophecy é como um jogo de baralho, ele é simples e divertido, mas se for jogador por longos períodos de tempo seguidos, deixa claro que é apenas mais um jogo de baralho.