Review

Nobody Wants to Die

O Sonho da Imortalidade
Disponível para:
Playstation 5, Xbox Series S/X, PC
Review escrito por:
Doizelly

No futuro, a morte é uma opção. Essa é a premissa sombria de Nobody Wants to Die, o título de estreia da Critical Hit Games. Em 2329, em uma Nova York distópica, corpos são propriedade do governo, e os ricos veem os pobres como meras mercadorias. Nobody Wants to Die promete mergulhar os jogadores nesse mundo obscuro e repleto de mistério.

História inicial

A premissa de Nobody Wants to Die é intrigante: um futuro onde a morte é uma escolha. As pessoas são mantidas vivas por meio de tecnologia avançada, transferindo sua consciência para outro corpo, enquanto a elite controla tudo.

Nesse mundo distópico, o governo exige que os cidadãos paguem uma assinatura para manter seus corpos. Caso não paguem, suas consciências são removidas e seus corpos leiloados. A mente é então armazenada em um banco, onde permanece presa até que um ente querido compre um novo corpo.

Além disso, o governo proíbe álcool e tabaco para preservar os corpos, mas há um novo fetiche pela morte. As pessoas buscam experiências de quase-morte, sabendo que suas consciências serão transferidas para outro corpo, como se a vida fosse apenas um jogo.

Os jogadores assumem o papel de James, um detetive afastado da polícia devido a eventos que ele não se lembra claramente e que sofre de alucinações com sua falecida esposa e efeitos colaterais de uma adaptação inadequada de sua mente ao novo corpo.

James é amargurado desde o primeiro momento e desconta toda sua raiva e frustração em bebidas que consegue de forma ilegal. O jogo começa com James pedindo uma missão para seu ex-chefe de polícia, que por consideração o aceita em uma tarefa para investigar a cena de um aparente suicídio de um ricaço e escrever um relatório. No entanto, ao chegar lá, James se convence de que não foi um simples suicídio, mas sim um assassinato, algo que seu chefe discorda veementemente. Determinado, James começa sua jornada em busca do assassino, tentando evitar que mais vítimas surjam.

O jogo é focado na narrativa, sendo a história seu principal ponto, com escolhas de diálogos que alteram o enredo. No entanto, vale mencionar que o jogo possui apenas dois finais: um claramente bom e outro claramente ruim. Apesar das escolhas dos jogadores mudarem algumas cenas e diálogos, o final é decidido por uma única escolha feita por volta dos 75% da campanha, determinando assim o desfecho. Além disso, a história do jogo é relativamente curta, com cerca de 5 horas de duração.

Como é jogar Nobody Wants To Die?

Nobody Wants to Die é jogado em primeira pessoa, focado na investigação de cenas de crime. Para isso, James tem à sua disposição vários dispositivos avançados.

O raio-x portátil permite que ele veja fiações e partes dos corpos dos mortos, enquanto a luz UV revela rastros de sangue invisível a olho nu.

O dispositivo principal é o reconstrutor, que permite recriar cenas passadas. Com ele, James pode analisar fragmentos de memória, imagens ou eventos anteriores para entender o que aconteceu. Ele pode retroceder e avançar no tempo para recriar eventos, revelando detalhes ocultos e desvendando mistérios.

No entanto, essas mecânicas são muito guiadas. O jogo indica exatamente qual a próxima ação que o jogador deve realizar, sem exigir que ele descubra e investigue por conta própria. Isso pode tirar um pouco da sensação de descoberta e investigação, já que os jogadores não precisam resolver os mistérios por si mesmos, seguindo apenas as instruções do jogo.

Vale a pena jogar Nobody Wants to Die?

Nobody Wants to Die apresenta uma premissa interessante e uma história envolvente ambientada em um futuro distópico. A narrativa é o ponto forte do jogo, com uma trama intrigante e escolhas de diálogos que podem alterar o curso dos acontecimentos, embora o final seja determinado por uma única decisão.

Apesar disso, o jogo tem algumas limitações. A duração relativamente curta de cerca de 5 horas pode deixar alguns jogadores querendo mais, e a linearidade das mecânicas de investigação pode frustrar aqueles que preferem resolver mistérios por conta própria. As instruções muito guiadas reduzem a sensação de descoberta e desafio.

Se você gosta de jogos focados em narrativa com uma história sombria e envolvente, e não se importa com uma jogabilidade mais linear e curta, Nobody Wants to Die pode ser uma boa escolha. No entanto, se você busca uma experiência de investigação mais aprofundada e desafiadora, talvez esse jogo não atenda completamente às suas expectativas. Em resumo, vale a pena experimentar se você estiver interessado na premissa e na narrativa, mas esteja ciente das suas limitações.

Agradecemos a Critical Hit Games por nos enviar uma cópia do jogo para a criação deste review

Ao longo do jogo, somos apresentados a duas grandes hipóteses. A primeira sugere a existência de um serial killer por trás de tudo, tentando derrubar o governo. A segunda hipótese é que James está enlouquecendo, vendo sinais inexistentes. Cabe ao jogador decidir qual é a verdadeira, e essa escolha determina se ele obterá o final bom ou ruim.

Nobody Wants to Die

Disponível para:
Playstation 5, Xbox Series S/X, PC
Versão que jogamos:
PC
O jogo possui legendas em Português mas não é dublado.

Pontos Positivos

  • Ambientação Distópica Fascinante
  • Escolhas de dialogo
  • Gráficos imersivos
  • Narrativa Envolvente

Pontos Negativos

  • Curta Duração
  • Investigação Guiada Demais
  • Linearidade
Review escrito por:
Doizelly

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