Review

Quantum Break

Uma experiência multimídia que mistura jogo e série de TV
Disponível para:
Xbox One, PC
Review escrito por:
Doizelly

Quantum Break é um jogo de ação em terceira pessoa desenvolvido pela Remedy Entertainment e lançado para Xbox One e PC em 2016. O jogo combina elementos de tiro, manipulação do tempo, escolhas narrativas e sequências live action para criar uma experiência única e imersiva.

História inicial

A história de Quantum Break é envolvente e cheia de reviravoltas, com personagens bem construídos e interpretados por atores famosos, como Shawn Ashmore, Aidan Gillen e Lance Reddick. O jogo explora temas como viagem no tempo, paradoxos temporais, livre-arbítrio e destino, e apresenta várias linhas narrativas que se entrelaçam.

A trama se inicia quando Jack é convidado por Paul Serene a comparecer a universidade onde ele trabalhava durante a madrugada para testar seu novo projeto, chegando lá ele descobre que Paul está prestes a testar uma máquina do tempo. Paul pede a Jack que o ajude a convencer seu irmão Will a participar do experimento. Durante o teste, Will surge inesperadamente para tentar impedir a experiência, mas um acidente ocorre, desencadeando uma explosão que rompe o tecido do tempo. Paul fica preso na máquina do tempo e alerta Jack e Will a fugirem enquanto ele procura por outra saída.

Enquanto fogem, Jack descobre que a explosão lhe concedeu habilidades para manipular o tempo. Porém, durante essa fuga, uma revelação surpreendente surge: Paul, após viajar para o futuro e retornar, ascende como líder da Monarch Solutions, uma poderosa corporação que busca controlar o tempo, preparando-se para um iminente fim do mundo. A reviravolta se intensifica quando, diante dos olhos de Jack, Paul mata Will.

Determinado a vingar a morte de seu irmão e a impedir os planos nefastos da Monarch, Jack decide usar suas novas habilidades para desafiar o controle temporal de Paul e proteger o mundo de um destino sombrio.

Assim, ele embarca em uma jornada para confrontar seu antigo amigo, enfrentando dilemas éticos, escolhas difíceis e o peso da responsabilidade enquanto luta para mudar o curso do tempo e evitar o colapso iminente.

A Estrutura Narrativa de Quantum Break

A história de Quantum Break se divide em 5 atos, cada ato é dividido em partes distintas. As primeiras partes de cada ato são jogadas na perspectiva de Jack, que explora diferentes cenários, enfrenta inimigos e resolve quebra-cabeças.

Enquanto a última parte de cada ato é jogada na perspectiva de Paul, que tem que fazer uma escolha entre duas opções que afetam o rumo da história. Essas escolhas são chamadas de bifurcações, e elas mudam alguns detalhes da trama, como os personagens que aparecem, os diálogos que são ditos e os eventos que acontecem.

Além disso, cada ato é seguido por um episódio de série live action, que são vídeos de 30 minutos que mostram os acontecimentos do ponto de vista da Monarch.

Os episódios de série live action contam com atores reais, que também emprestam suas aparências e vozes para os personagens do jogo. Os episódios de série live action também são afetados pelas escolhas que o jogador faz como Paul, e eles mostram as consequências das bifurcações.

O principal inconveniente da série live-action está relacionado ao servidor onde ela está hospedada. Ao contrário do jogo, que é baixado e executado integralmente na máquina do usuário, a série é transmitida via streaming, e esse servidor tende a ser bastante instável. Isso resulta em travamentos frequentes no meio dos episódios, interrompendo o ritmo da história e prejudicando a experiência do espectador.

Dentro do jogo, há também uma variedade de itens colecionáveis, e boa parte da narrativa se desenrola através de e-mails, transmissões de rádio e programas de televisão que Jack encontra ao longo dos cenários. No entanto, surge um grande problema durante a reta final do jogo, quando Jack está em uma corrida contra o tempo. Nesse momento crucial, interromper o ritmo da jogabilidade para ler extensos e-mails de até 10 páginas cada pode comprometer a experiência. Não se trata da qualidade dos e-mails, que são excelentes, mas sim da necessidade de uma melhor integração desses elementos na narrativa, de modo a não quebrar a imersão do jogador

A história de Quantum Break é complexa e cheia de surpresas, e o jogador pode experimentar diferentes versões dela dependendo das escolhas que ele faz. O jogo também tem um final que deixa muitas perguntas sem resposta, e que pode ser interpretado de diferentes formas.

Como é jogar Quantum Break?

Quantum Break é um jogo de ação em terceira pessoa que mescla elementos de tiro, exploração, quebra-cabeças e escolhas narrativas para oferecer uma experiência diversificada.

O sistema de combate de Quantum Break se baseia na mecânica de cobertura, permitindo que o jogador se proteja dos disparos inimigos usando objetos como abrigo. O arsenal de armas disponíveis segue um padrão comum, como pistolas, rifles de assalto, submetralhadoras, escopetas, entre outras.

Dentro do jogo, são apresentados poucos tipos de inimigos, variando em armamento, comportamento e resistência. Geralmente, os inimigos funcionam como alvos resistentes aos ataques, oferecendo pouca diversidade: alguns são imunes aos poderes de Jack, enquanto outros requerem métodos específicos de ataque. O desafio do jogo costuma se intensificar pelo aumento quantitativo dos inimigos.

O grande destaque do jogo é os poderes do Jack, o jogador conta com habilidades temporais para obter vantagem sobre os oponentes. Pode congelar o tempo numa área, criar um escudo temporal, avançar rapidamente, manipular objetos e inimigos com ondas temporais e até retroceder no tempo para restaurar objetos destruídos. Os poderes são gradualmente introduzidos nos dois primeiros atos do jogo, porém, após essa fase inicial, há poucas novidades e continuará repetitivo até o final do game.

Além do combate, existem seções de quebra-cabeças que exigem o uso inteligente das habilidades de manipulação do tempo para avançar. Isso pode envolver coisas como congelar o tempo para atravessar áreas perigosas ou retroceder objetos no tempo para desbloquear novos caminhos.

No geral, a narrativa de Quantum Break recebe tanto destaque que a jogabilidade acaba em segundo plano, simplificada e marginalizada. Isso torna desafiador comentar sobre ela, pois, além das habilidades temporais de Jack, os aspectos mecânicos são bastante genéricos e familiares, reminiscentes de mecânicas presentes em vários outros jogos, como Uncharted, por exemplo. Embora o combate seja inicialmente cativante, ao longo do tempo se torna repetitivo, carecendo de diversidade tanto em termos de inimigos quanto de variedade de armas.

Vale a pena jogar?

Quantum Break é um título que impressiona tanto pelo seu enredo envolvente quanto pelo visual cativante, embora também apresente alguns problemas de jogabilidade e repetição. Sua narrativa é intrigante, com personagens carismáticos, reviravoltas surpreendentes e exploração de temas interessantes sobre tempo, destino e as ramificações das escolhas feitas.

Além disso, destaca-se por um visual de alta qualidade para sua época, exibindo gráficos detalhados, efeitos de tempo impressionantes e uma excelente integração entre as partes jogáveis e as partes live action.

No entanto, o jogo também tem alguns pontos negativos, como o sistema de cobertura impreciso, a mira sensível, a variedade limitada de armas e inimigos, e os quebra-cabeças fracos. Ele também pode se tornar repetitivo, já que a maioria das situações se resume a atirar em ondas de inimigos e usar as mesmas habilidades.

Além disso, o game tem uma duração curta, cerca de 10 horas, e um final que deixa muitas perguntas sem resposta.

Quantum Break é um jogo que vale a pena ser jogado pelos fãs de ação e ficção científica, mas que também pode frustrar os jogadores que esperam mais variedade e profundidade. Em geral é uma obra ambiciosa e original, mas que não chega a ser revolucionária ou perfeita.

As escolhas do jogador em Quantum Break moldam a história, embora o desfecho seja praticamente idêntico para todos. Ele termina em um confronto final entre Jack e Paul, ambos com visões diferentes sobre o futuro do tempo.

Ao chegar ao desfecho do jogo, Jack consegue retroceder no tempo até o dia da morte de seu irmão e o salva. Em conjunto com Will, eles retornam à máquina do tempo e ao presente, onde encontram Paul à sua espera. Paul alega que o tempo está condenado e que a única maneira de sobreviver é se adaptar à nova realidade. Discordando, Jack propõe uma solução para corrigir o tempo: a utilização da contramedida, um dispositivo capaz de estabilizar a ruptura temporal.

A batalha final entre Jack e Paul ocorre, resultando na vitória de Jack. Com a ajuda de Will, eles restauram a linha temporal, revertendo os danos causados.

Quantum Break

Disponível para:
Xbox One, PC
Versão que jogamos:
PC
O jogo é dublado e legendado em Português.

Pontos Positivos

  • Poderes temporais
  • Ótima voz e atuação do elenco
  • Escolhas que impactam o gameplay e os segmentos de live action

Pontos Negativos

  • A série de TV pode não agradar a todos
  • Combate repetitivo
Review escrito por:
Doizelly

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