É apenas um Rocket League sem carros?!
Rematch não consegue fugir das comparações com sua maior inspiração nos tempos modernos, mas suas raízes estão muito mais ligadas ao saudoso FIFA Street que ao sucesso de futebol de carros.
Claro que temos uma fórmula bem semelhante aqui: partidas de 3×3, 4×4 e também 5×5 são os modos que encontramos. Também podemos testar nossas habilidades em minigames de futebol, como passar a bola por aros em um certo tempo ou simplesmente acertar um alvo.
Vale lembrar que Rematch lança com a mesma proposta de ser um jogo que se expande com sua comunidade, ou seja, sempre que jogamos contra oponentes mais experientes podemos ver movimentos e jogadas nunca antes imagináveis, apenas com os comandos básicos.
Essa é, sem sombra de dúvidas, a maior graça desse tipo de jogo competitivo: saber que temos uma sequência de movimentos que podem ser aprimorados para caminhos nunca antes vistos é de brilhar os olhos! Uso o exemplo novamente de Rocket League pois já temos alguns bons anos do seu sucesso, e as partidas competitivas do futebol de carro ficaram cada vez mais profundas e complexas, a ponto de termos hoje jogadas que simplesmente eram impossíveis de imaginar nas primeiras semanas de lançamento do jogo!
O maior atrativo desse tipo de jogo não existe aqui!
Por mais que entenda a escolha do estúdio de lançar um multiplayer pago, é inegável que essa decisão impacta diretamente na adesão de novos jogadores e também no tempo que esperamos por partidas.
Dito isso, lembro que minha experiência de mais de 25 horas jogadas foi majoritariamente em servidores estadunidenses, já que o tempo para encontrar partidas em território latino-americano circula entre 3-4 minutos.
Lembrando que o jogo, até a data dessa review, ainda não conta com cross-play entre plataformas, uma atitude quase amadora se tratando da proposta do jogo.
Qualidades que deixam a desejar.
Temos então uma fórmula básica de partidas de futebol, onde todos os jogadores podem marcar gols, defender chutes e ajudar o time na vitória. E mesmo com sua diversão indiscutível, um dos maiores problemas que podemos ter nesse tipo de jogo encontramos aqui: seu matchmaker.
O jogo conta com inúmeros momentos em que a bola fica parada no chão, como se estivesse pregada, e nenhum jogador consegue tirá-la de lá.
Temos momentos em que vemos a bola sobrando, mas, segundos depois, vemos ela voltando magicamente para as mãos ou os pés de algum jogador.
Sempre que começamos uma partida devemos estar cientes de que iremos encontrar esses pequenos problemas na nossa frente. E por mais que eu tenha testemunhado uma considerável diminuição desses problemas com o passar dos dias, é algo que devemos sempre salientar como problemas em jogos 100% online!
Devemos esperar o melhor!
Por mais que considere o projeto defeituoso em alguns pontos, é ilógico não falar bem de Rematch.
Todo amante de futebol e de jogos competitivos se sentirá representado nas partidas intensas e nas belas animações de dribles e chutes. Mas a falta de polimento técnico em quesitos de conexão faz com que a experiência não seja das mais agradáveis em diversos momentos.
Seu passe de batalha simples e com poucos atrativos me faz questionar a real necessidade de pagamento inicial para esse título. Devemos continuar esperando atualizações para incentivar os jogadores a continuarem engajados no game.
A grande questão é se as roupas únicas e animações novas serão suficientes para sua base de fãs continuar entusiasmada.
O futuro de Rematch é promissor. Com algumas poucas alterações, me vejo recomendando o título para amigos e conhecidos, mas, em seu atual momento, não consigo afirmar que o jogo justifica seus mais de R$ 150,00 na PlayStation Store brasileira.
Veja também estes jogos para jogar com os amigos:
