Scarf é um daqueles jogos que valorizam a exploração, jornada e descoberta em um mundo novo e desconhecido.
Na história nosso protagonista parte em uma jornada a fim de descobrir o que é ser um herói depois de conhecer um ser mágico que o incentiva e o auxilia em sua jornada.
Este ser é um dragão que tem a habilidade de se transformar em outras coisas e assim se toma a forma de um cachecol e estará sempre conosco.
A missão do herói é auxiliar este ser mágico em recuperar as criaturas que fugiram para este mundo, tornando-se nômades e rebeldes e assim os trazer de volta para que eles não sofram ou corram nenhum tipo de perigo trazendo assim o equilíbrio de volta.
Como é jogar Scarf?
O jogo é dividido em 3 grandes mundos sendo eles um mundo que lembra uma região montanhosa, outra um deserto e por fim uma floresta.
Dentro de cada mundo temos o objetivo de capturar as criaturas rebeldes que por ali estão.
A dupla deverá explorar os cenários que contam com um visual muito bonito e superar os desafios que se apresentam em formas de quebra-cabeças.
Embora nosso personagem esteja tentando entender seu papel de herói e nosso companheiro seja um ser mágico, Scarf não conta com combates, batalhas ou lutas contra chefes. Todos os desafios do jogo são baseados justamente na exploração e descoberta de como prosseguir e continuar seu caminho.
Nesta exploração encontramos itens que desbloqueiam novas habilidades para nosso amigo mágico. Assim ele é capaz de criar novas formas de explorar os cenários mudando sua forma e possibilitando pulos duplos, planar pelos cenários entre outras coisas.
As resoluções de quebra-cabeças funcionam bem e não trazem um desafio muito grande. A maioria envolve o jogador descobrir como interagir com o ambiente para assim soluciona-lo. Enquanto alguns são bem rápidos outros poderão tomar um pouco mais do seu tempo com idas e vindas carregando objetos.
Além desta busca em capturar os rebeldes e resolver quebra-cabeças o jogador poderá também ir atras de itens colecionáveis espalhados e escondidos pelos cenários.
São pinturas, brinquedos e memórias que nos ajuda a entender melhor o que está acontecendo neste mundo.
Todos esses itens estão bem escondidos nas fases e é recompensador para aqueles que gostam de explorar cada canto dos cenários.
Scarf também conta com 2 finais e um deles só é possível conquistar quando justamente encontramos estes itens secundários.
Um mundo belo porém vázio
Talvez a opção por não haver batalhas no jogo venha pela narrativa em explorarmos este mundo desconhecido sem ter de nos preocupar com distrações e ritmos diferentes, no entanto o vazio destes mundos é algo que pode incomodar um pouco.
Os visuais de cada mundo são muito bonitos e bem diferenciados entre si, mas a solidão neste mundo tão colorido é algo que pode causar um pouco de tédio, principalmente para aqueles que resolverem seguir apenas o que a história propõe a fazer.
Acredito que se ao invés de ser apenas 1 ou 2 rebeldes a serem capturados por mapa, tivessemos de caçar um número maior de seres e os vissemos espalhados pelos cenários e escondidos ao mesmo tempo faria com que o jogo fosse ainda mais interessante e assim aproveitariamos também melhor todo esses espaços tão grandiosos porém vázios.
Scarf vale a pena?
Scarf é um jogo simples e talvez essa seja sua identidade.
Veja bem, não é porque algo se mantenha em sua simplicidade que seja algo ruim ok.
O game tem em sua proposta a exploração, resolução de quebra-cabeças e captura dos rebeldes como objetivos finais em cada fase e isso ele cumpre tranquilamente.
Com personagens carismáticos, uma excelente direção de arte Scarf e uma duração curta de aproximadamente 4 horas, Scarf é aquele tipo de jogo que você deve buscar quando quer o total conforto.
Para aqueles momentos em que quer sentar no sofá, ligar o vídeo game e não se preocupar, apenas curtir a viagem, vencer desafios simples e pronto.
Embora tenha um efeito replay bom para se fazer os 2 finais do jogo é uma jornada que talvez não seja memorável, mas que sempre que você lembrar do jogo será com carinho.
Agradecemos a equipe da Handy Games e da THQ Nordic que nos enviaram uma cópia do game de PS5 para a criação deste review