The Medium é um jogo de terror psicológico desenvolvido pela Bloober Team, dos mesmos criadores de Layers of Fear, Observer e Blair Witch. Com uma pegada que remete aos clássicos do terror, como Silent Hill e Resident Evil.
História
The Medium é um jogo que narra a história de Marianne, uma jovem que tem a habilidade de transitar entre o mundo físico e o espiritual. Ela é uma médium que ajuda os espíritos a encontrarem a paz, mas também é atormentada por visões e pesadelos que não compreende.
A história começa com Marianne tendo que lidar com a morte de seu pai adotivo, Jack. Ela ajuda seu pai a passar para o outro lado da vida e ter o descanso eterno e entra em estado de luto e começa a beber, mas é interrompida por uma ligação de um homem misterioso chamado Thomas. Ele afirma conhecer a origem dos poderes de Marianne e a convida para ir até um resort abandonado na Polônia. Ele diz que lá ela encontrará as respostas que procura.
Marianne aceita o convite e parte para o resort, sem saber o que esperar. Lá, ela descobre que o local foi palco de uma terrível tragédia e que há forças malignas à espreita. Através de pistas, memórias e espíritos, Marianne tenta desvendar os segredos do resort e de sua própria identidade.
A história de The Medium é contada de forma não linear, que para ter um total entendimento da história o jogador terá de buscar todos colecionáveis já que liberam mais fragmentos da história, alternando entre o presente e o passado, entre a perspectiva de Marianne e de outros personagens. O jogo explora temas como trauma, culpa, vingança e redenção, e apresenta reviravoltas e surpresas ao longo da trama.
Como é jogar The Medium?
The Medium é um jogo que se destaca pela sua mecânica de dividir a tela entre os dois mundos que Marianne pode acessar. Em alguns momentos, ela pode ver e interagir com ambos ao mesmo tempo, em outros, ela pode se separar do seu corpo físico e explorar apenas o plano espiritual. Essa dinâmica é usada para resolver quebra-cabeças, encontrar itens e escapar de perigos.
O jogo funciona como uma aventura em terceira pessoa e com câmera fixa, remetendo a primeira trilogia de Resident Evil e Silent Hills no PS1, em que o jogador controla Marianne pelos cenários do resort e do mundo espiritual.
O jogo não tem combate direto, mas sim situações de furtividade e perseguição, em que Marianne precisa se esconder ou correr de uma criatura chamada The Maw, que é capaz de caçá-la nos dois mundos. Para isso, ela pode usar seus poderes psíquicos, como o Insight, que permite ver objetos e pistas invisíveis; o Out of Body, que permite sair do corpo físico por um tempo limitado; o Spirit Blast, que permite disparar uma rajada de energia espiritual; e o Spirit Shield, que permite criar uma barreira de energia espiritual.
O gameplay de The Medium é baseado na exploração dos cenários e na coleta de pistas e itens, que revelam a história do resort e de Marianne. A resolução de quebra-cabeças também é um elemento importante, que exigem o uso dos poderes de Marianne e a interação com os dois mundos.
Um exemplo disso é o quebra-cabeça inicial em que Marianne fica presa em um elevador sem energia. Para escapar, ela precisa usar o Out of Body para explorar o mundo espiritual em busca de uma fonte de energia e, em seguida, usar o Spirit Blast para ativar o elevador no mundo físico e subir para outro andar.
As situações de furtividade e perseguição também são frequentes, e geram tensão e adrenalina. O jogador precisa estar atento aos movimentos do The Maw e usar o ambiente e os poderes de Marianne para se esquivar ou distrair o monstro.
Gráficos e Performance
The Medium é um jogo visualmente impressionante, especialmente no que diz respeito à representação do mundo espiritual. O contraste entre os dois planos é marcante, com o mundo físico sendo mais realista e sombrio, e o mundo espiritual sendo mais surreal e grotesco. Os detalhes dos cenários, dos personagens e dos efeitos são muito bem feitos, criando uma atmosfera imersiva e assustadora.
O jogo foi lançado originalmente para PC e Xbox Series X/S, mas chegou ao PlayStation 5 em setembro de 2021, onde eu joguei o game para criar essa review, O jogo roda a 4K e 30 fps no PS5, com tempos de carregamento rápidos e sem quedas de frame rate. O jogo também usa os dois mundos para criar efeitos interessantes no DualSense, como a vibração adaptativa, o gatilho resistivo e o alto-falante integrado.
The Medium também conta com uma trilha sonora composta por Akira Yamaoka, o mesmo responsável pelas músicas da série Silent Hill. As faixas combinam perfeitamente com o clima do jogo, alternando entre momentos de tensão, suspense e melancolia.
The Medium vale a pena?
The Medium é um jogo que entrega o que promete, mas em parte. O combo do trabalho visual e sonoro colocado no game encaixa como uma luva em sua narrativa pesada e macabra. Aqui, o jogador vai encontrar o que espera de uma experiência voltada para o terror psicológico.
No entanto, o jogo também tem seus defeitos. A jogabilidade é simples e limitada, com pouca variedade de ações e desafios. Os quebra-cabeças são fáceis e repetitivos, e as partes de furtividade e perseguição são frustrantes e pouco divertidas. A história também tem alguns furos e clichês, e o final pode decepcionar alguns jogadores.
The Medium é um jogo que vale a pena conferir pelos seus aspectos positivos, mas que não chega a ser memorável ou revolucionário. É um bom título para os fãs do gênero, mas que poderia ter sido melhor aproveitado.