We Love Katamary é a sequência de um jogo que também foi lançado no PlayStation 2 e assim como seu antecessor ganhou uma versão remasterizada.
É importante dizer que o PlayStation 2 não só foi o console mais vendido da história até o dia desta publicação mas também foi o lar de muitos jogos experimentais e uma grande porta para jogos orientais chegarem oficialmente ao ocidente.
Assim em 2004 tivemos a chegada de Katamari Damacy, primeiro jogo da franquia que também ganhou uma versão remasterizada em 2018, onde conhecíamos esses seres que vieram do Cosmos e seus Katamaris, bolas que aparentam ter uma cola fantástica onde qualquer coisa é capaz de grudar nela.
Enquanto no primeiro game estávamos no planeta para recolher itens a fim de arrumar um certo problema causado pelo Rei dos Cosmos, nossa existência não era de fato relevante para os seres humanos, o que é completamente diferente em We Love Katamari.
Agora todos da terra conhecem o Rei do Cosmos, seu filho o Principe que é o personagem que controlamos e claro os Katamaris.
Assim a população que adora seu Rei deseja ver mais Katamaris e fazem pedidos, desejando que estes sejam atendidos.
Desta forma a cada novo pedido iremos até nosso pai para que ele nos de a graça e benção de atender ao que é solicitado.
Vale dizer que nem sempre os pedidos fazem algum sentido e na maioria das vezes o Rei atende o pedido apenas para poder acariciar seu próprio ego.
Toda essa história e pedidos malucos são acompanhados de uma direção de arte única, algo completamente estilizado, principalmente quando se trata destes seres vindos do cosmos.
Como é Jogar We Love Katamari
Sem dúvida alguma tudo é muito peculiar em We Love Katamari e sua jogabilidade não seria diferente.
Em uma explicação simples, imagine que a todo momento nosso personagem terá a sua frente o Katamari, que como dito anteriormente é uma bola, e está deverá ser rolada por todos os cantos do cenário.
Para cada fase você terá um tipo de missão diferente onde geralmente seu objetivo será montar uma bola com o tamanho solicitado utilizando os objetos que estão espalhados pelo cenário.
As fazes podem variar onde na maioria das vezes existe um tempo limite para se chegar ao tamanho solicitado e podendo expandir seu tamanho e exploração.
Assim dada a largada você irá passear pelos cenários recolhendo cada vez mais itens que podem começar sendo pequenos como migalhas espalhadas no chão e ao chegar a um certo tamanho habilitam a possibilidade de grudar objetos cada vez maiores.
Dentro desta premissa, toda a loucura está liberada em We Love Katamari, começando com pequenos objetos, partindo para outros cada vez maiores, e por que não móveis, que tal pessoas, vamos pegar agora aquele prédio e a escala só aumenta.
Os pedidos pode ser realizados por pessoas e até mesmo animais, e estas solicitações por verem Katamaris pessoais podem estar ligados a suas lembranças, desejos e anseios.
Ainda dentro das fases devemos ficar atentos a objetos em destaque e outros seres dos cosmos que ao serem envolvidos e grudados em nosso Katamari desbloqueia novos personagens para se controlar.
Estes novos personagens são meramente estéticos não fazendo diferença na hora de escolher quem irá rolar o Katamari por ai.
Jogar We Love Katamari no entanto pode não ser assim tão simples. Confesso que demorei pra me acostumar com os controles que basicamente utilizam apenas os analógicos do controle mas exigem utilizar uma certa sincronia entre eles.
Como não estava me acostumando direito com esta forma de controlar, acabei optando por jogar de uma forma mais simplificada com outro tipo de configuração e experiência para mim funcionou melhor a partir deste momento.
A versão que utilizamos para este review foi a de Nintendo Switch e também é possível utilizar os Joycons e os movimentos para controlar e rolar seu Katamari por ai.
Maluquices em um mundo onde nada faz sentido
Acredito que o mais válido a se fazer na hora de se jogar We Love Katamari é se desprender de ficar tentando achar qualquer tipo de lógica dentro deste universo.
Tudo no jogo é construído nesta linguagem meio maluca mesmo.
O Rei do Cosmos está apaixonado e obcecado em atender todos os pedidos da Terra, sejam de humanos, animais ou qualquer criatura que assim clamar por ele e afagar seu ego infinito.
Como as fases são baseadas nesses pedidos podemos recolher itens em um quarto de uma criança até mesmo apostar corridas utilizando nosso Katamari.
A cada nova fase você será apresentado a uma nova loucura que o jogo não tem medo de apresentar.
Tudo é tão sem sentido que você apenas deve aceitar e se divertir colecionando estas infinitas quinquilharias espalhadas pelo cenário.
De alguma forma todo esse caos pode ser até mesmo relaxante, ficar andando por ai, vendo seu Katamari cada vez maior irá facilmente proporcionar momentos de risos pela sua insanidade acompanhada de uma trilha sonora tão maluca quanto tudo o que estamos vendo.
Reroll+ Royal Reverie e suas novidades.
O trabalho que a Bandai Nanco teve com o game em traze-lo de volta depois de quase 20 anos nitidamente foi feito com muito carinho.
O game está com o visual todo renovado e apto para novas resoluções.
Diferente da versão remasterizada do primeiro jogo, esta edição Royal Reverie traz conteúdos novos que não estavam na versão original do game.
Nela é possível fazermos algumas fases na pele do Rei do Cosmos ainda criança e entender mais da história dele e ver como a criação deste foi rigida expandindo nosso conhecimento sobre o universo da franquia.
Infelizmente são poucas fases e são basicamente os mesmos cenários de fases da campanha normal, porém trazendo novos desafios.
We Love Katamari vale a pena?
Eu não tive contato com os jogos originais no PlayStation 2, sendo estas versões remasterizadas a primeira vez que conheci estes seres e seus adoráveis Katamaris.
O jogo acaba sendo algo bem único, simples em sua essência, divertido e que entrega horas de loucura quando não queremos nada sério.
Por ser um clássico e agora disponível em diversas plataformas e trazendo novidades, seja você um fã da série ou um novato como eu vale a pena se prender a We Love Katamari.
Agradecemos aos amigos da Bandai Nanco que nos enviaram uma cópia para Nintendo Switch para que pudéssemos escrever este review.