Review

Borderlands 4 não só volta ao caos mas também redefine oque é viver dentro dele.

Borderlands 4 - Review e Análise
Um jogo incrível que traz o puro suco de Lotter Shooter em um novo planeta!
Disponível para:
Playstation 5, Xbox Series S/X, PC
Review escrito por:
RubDog

Não é surpresa para fãs de longa data de Borderlands que a franquia estava em perigo, um perigo que franquias lendárias e históricas passam a cada novo lançamento.

Depois da recepção negativa em diversos aspectos com Borderlands 3, a esperança para o quarto jogo numerado da série era alta. E mesmo sabendo da pressão em cima do projeto, inúmeras falas problemáticas foram feitas por responsáveis pelo estúdio, o que não deixou muito animadoras minhas previsões pessoais para o jogo.

E hoje, depois de mais de 60 horas de gameplay, posso cravar: nunca foi tão bom estar errado!

Borderlands 4

Onde estamos?

Borderlands 4 traz uma nova ambientação para sua loucura em forma de jogo. Estamos pela primeira vez em Kairos, um planeta que sofre com o controle milenar do Guardião do Tempo, um ser imortal que domina cada criatura neste planeta com punhos de aço. Nosso enredo, a princípio, lembra muito outro arco de revolução e tomada de poder de outra obra muito impactante; me refiro a One Piece, onde temos a história de Dressrosa, uma região que sofre com o controle de um líder megalomaníaco e sem a menor compaixão pelo povo.

Borderlands 4: Planeta Kairos

Sabendo do histórico com vilões da franquia Borderlands e também sabendo de todas as críticas que os Irmãos Calypso sofreram no jogo anterior, esperava um vilão marcante para essa experiência, e é exatamente o que o Guardião do Tempo é.

Sádico, manipulador e muito poderoso são características que podemos usar para descrever esse ser mágico que controla Kairos. Algo muito próximo ao Shichibukai Donquixote Doflamingo, e que também gerou sua base de revolucionários ansiosos pela oportunidade de lutar.

Começamos o jogo!

Gostaria de deixar claro que existem conexões claras e sólidas para ligar Kairos ao então planeta Pandora, nosso lar até então, mas por motivos de preservar a experiência para quem não jogou nem este, nem o Borderlands 3, irei partir de um ponto neutro dos acontecimentos.

Começamos pra valer com a escolha do nosso protagonista, algo já recorrente na franquia que se mantém aqui. Podendo escolher 4 personagens, sendo novamente uma siren e outros 3 desajustados de diversas origens, podemos dar play no jogo. Nosso personagem acaba sendo capturado e levado para uma prisão em Kairos, onde somos submetidos a uma operação que implantou em nossa nuca um dispositivo de controle mental, algo aparentemente comum nesse mundo.

Borderlands 4

Escapando da prisão, podemos ver na prática como nosso vilão é cruel e poderoso, fazendo nosso amigo recém-conquistado na fuga da cadeia tirar a própria vida sem nenhuma chance de defesa. Aqui o jogo já deixa claro duas coisas: o Guardião do Tempo precisa ser parado e iremos usar tudo ao nosso favor nessa missão.

Um ponto negativo, bem chato!

Otimização vem sendo a palavra do momento quando pensamos nos últimos lançamentos: jogo pesando mais de 100 GB, sofrendo para rodar em máquinas poderosas e tudo isso com tempo de sobra (em teoria) para polir o produto “premium”.

Borderlands 4: Ponto Negativo

A otimização de Borderlands 4 realmente foi deixada de lado em diversos momentos da minha jogatina. Existiam trechos que eu simplesmente abandonava a estética da arma pela fluidez. Jogando no modo desempenho no PS5 FAT, pude ver em várias ocasiões tanto armas como ambientes ganhando suas texturas aos poucos, algo que por mais que não seja tão problemático como a experiência de outras pessoas, quebra muito a imersão.

Contudo, é satisfatório ver a postura da empresa nesse sentido, não se isentando das críticas enquanto busca corrigir os erros, e também trazendo uma DLC gratuita para se desculpar com seu público enquanto cria mais uma ferramenta para o End Game.

O combate brilha como nunca!

Mesmo com as críticas, Borderlands 3 ainda tinha um lugar especial no meu coração por conta de sua gameplay, algo rápido, ágil e que não menospreza a inteligência do público e dos fãs de FPS.

E uma chama de incentivo o jogo anterior trouxe: Borderlands 4 melhora e expande todos os comandos e deixa o jogo com a melhor gameplay de toda a saga. Aqui não temos apenas um jogo rápido e frenético, mas sim uma experiência que combina com a loucura que sempre foi característica dos jogos.

Borderlands 4: Combate Brilhante

Além de trazer um público mais ligado aos FPS competitivos, imagino que essa mudança venha com a necessidade de criar mecanismos para o novo mapa. A movimentação faz total sentido com a forma de se explorar o mundo, e, por sua vez, as novas formas de combate fazem ainda mais sentido com todo o espírito livre que Borderlands tanto cultua.

Correndo o risco de parecer emocionado, digo aqui: nenhum jogo da franquia Borderlands teve uma gameplay tão bem pensada assim.

Novo mapa, nova exploração.

Borderlands sempre teve uma estrutura de mapas no estilo “open bairro”. Aquele velho estilo de áreas grandes e pequenas em blocos e dividir elas por telas de loading. Isso não acontece aqui: temos pela primeira vez um mundo aberto completo, com todos os clichês possíveis e imagináveis de um mundo aberto, mas que funciona muito bem.

A movimentação nova ajuda muito nessa adaptação. Temos aqui um gancho para subir em áreas mais elevadas, e um salto duplo com planada para alcançar ainda mais telhados e bordas das construções. E ainda temos toda a consolidação de um modelo de mapa para fazer as melhores escolhas.

Borderlands 4: Novo Mapa

O modelo de mundo aberto funciona muito bem aqui, com áreas de inimigos, atividades de literalmente Caçar Arcas e regiões inteiras ligadas a uma tribo específica, tudo colabora para se sentir em Kairos e se engajar com a luta dessas pessoas.

Borderlands 4 é o Looter Shooter definitivo?

Para a franquia Borderlands, podemos deixar claro aqui que sim.

Borderlands 4 faz tudo que deveria ser feito: trabalha uma história que, por mais que não seja revolucionária, entrega seus momentos de tensão com maestria, trazendo batalhas contra chefes memoráveis e uma gameplay sólida e robusta que te faz engajar com o endgame, ponto esse que trouxe algumas mudanças com a atual percepção da indústria.

Borderlands 4: Looter Shooter Definitivo?

O endgame é sempre algo muito importante em Borderlands, e aqui existem diversas formas para trazer esse público motivado para suas limpezas. A tática adotada aqui é o bom esquema de eventos online, onde, por 7 dias, você vai poder evoluir seu nível geral do mundo (dificuldade) e ganhar ainda mais loot e XP.

Borderlands 4 se mostra um prato cheio para amantes do gênero de tiros e pilhagens insanas, mas também mostra que podemos evoluir a fórmula se mantendo bem presente nas nossas origens.

Veja também estes jogos

Sem spoilers para Borderlands 4.

Borderlands 4 não só volta ao caos mas também redefine oque é viver dentro dele.

Disponível para:
Playstation 5, Xbox Series S/X, PC
Versão que jogamos:
Playstation 5
O jogo possui legendas em Português mas não é dublado.

Pontos Positivos

  • Gameplay
  • Level Design
  • História

Pontos Negativos

  • Otimização
  • Repetição do Gênero
Review escrito por:
RubDog

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