Artigo

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração

Estamos no coração de uma nova geração de consoles, marcada pelo PlayStation 5 e Xbox Series X/S, e avanços acelerados no PC. Mas um questionamento persegue jogadores e críticos: esta é realmente uma geração definida? 

O lançamento do PS5 Pro, com seu poder aprimorado, busca solidificar a experiência PlayStation 5, enquanto rumores sobre o PS6 já circulam, apontando para um futuro não tão distante. Paralelamente, a Microsoft já fala abertamente sobre a próxima geração do Xbox, com algumas fontes indicando um lançamento já em 2026 ou 2027, levantando a questão se a atual geração do Xbox Series X/S será mais curta do que o esperado. 

PlayStation 5 Pro

Essa movimentação das gigantes do mercado levanta a questão: será que esta geração, de fato, ainda não se provou? Ou, ao contrário, já nos entregou jogos de peso que redefinem o que é possível em termos de beleza visual e experiência?

Muitos jogadores sentem um certo gosto amargo, uma sensação de que a promessa de um salto geracional não foi totalmente cumprida, levando a um sentimento de geração ‘fracassada’ para alguns. 

A sombra da pandemia, o longo ciclo de desenvolvimento e a prevalência de cross-gen deixaram um sabor de transição prolongada. No entanto, há uma área onde esta geração indiscutivelmente brilha com força inegável: a beleza visual. Seja através da fidelidade técnica impressionante, da direção de arte deslumbrante ou da combinação magistral de ambas, já temos títulos que empurram os limites do que é possível ver e sentir numa tela. Eles são o argumento mais forte de que o hardware novo tem potencial transformador. 

Mesmo que o debate sobre a identidade e o peso dos exclusivos continue, uma coisa é certa: os olhos já estão sendo agraciados como nunca. Vamos celebrar essa beleza, listando os 10 jogos mais visualmente impressionantes desta geração (até o momento), aqueles que fazem você parar e admirar, independentemente de estarem carregando o peso de definir uma era ou não.

10 – Horizon Forbidden West + Zero Dawn Remaster

Começamos nossa lista com uma dobradinha que, de certa forma, resume a transição desta geração. Horizon Forbidden West, um dos primeiros grandes lançamentos exclusivos do PlayStation 5 (embora também disponível no PS4), rapidamente se estabeleceu como um marco visual. A Guerrilla Games entregou um mundo aberto de tirar o fôlego, com paisagens exuberantes, detalhes impressionantes nos modelos dos personagens e máquinas, e efeitos climáticos que elevam a imersão a outro nível. Mesmo no PlayStation 4, o jogo já demonstrava uma qualidade gráfica impressionante, mas é no PS5 e PC que ele realmente brilha, com texturas mais nítidas, maior densidade de folhagem, iluminação aprimorada e taxas de quadros mais fluidas.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Horizon Forbidden West

E para complementar, temos o remaster de Horizon Zero Dawn. Por mais que sua existência tenha gerado debates sobre a necessidade de um jogo tão recente receber um tratamento desses, é inegável que o trabalho realizado elevou os gráficos do primeiro título a um patamar que se equipara ao seu sucessor. O que já era bonito no original, agora se apresenta com a mesma fidelidade visual e atenção aos detalhes de Forbidden West, permitindo que os jogadores experimentem a jornada de Aloy desde o início com uma qualidade gráfica consistente e impressionante, provando que a beleza visual é um pilar fundamental da franquia Horizon.

Horizon Zero Dawn

9 – A Plague Tale: Requiem

Se o primeiro A Plague Tale já impressionava pela ambientação e riqueza visual em um jogo de médio porte, Requiem eleva tudo a um novo patamar. Desenvolvido pela Asobo Studio, o jogo é um verdadeiro colosso gráfico, que demonstra como o cuidado artístico e técnico pode transformar uma história íntima em um espetáculo visual arrebatador. Os cenários, inspirados no sul da França medieval, são densos, orgânicos e incrivelmente detalhados, com florestas, vilarejos e castelos que exalam realismo e personalidade.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - A Plague Tale Requiem

O uso da iluminação natural é um dos pontos altos do jogo, criando contrastes marcantes entre a beleza da natureza e o horror da praga que assola o mundo. Os efeitos de partículas, como fumaça, poeira e – claro – os infames enxames de ratos, são visualmente impressionantes e tecnicamente desafiadores. Requiem também brilha no detalhamento facial e nas animações dos personagens, garantindo que cada emoção seja transmitida com sutileza e impacto. É uma prova de que, mesmo sem o respaldo de um grande orçamento AAA, é possível criar uma obra visualmente deslumbrante e artisticamente coesa.

8 – Final Fantasy XVI

Final Fantasy XVI pode até dividir opiniões quanto à estrutura ou ritmo, mas quando o assunto é qualidade visual, ele se firma como um dos marcos gráficos da geração. A Square Enix entregou um jogo com escala cinematográfica, riqueza estética e ambição técnica que colocaram o PlayStation 5 à prova como poucos antes dele.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Final Fantasy XVI

E não é exagero: FFXVI foi, para muitos, o primeiro jogo a literalmente fazer o PS5 suar. Na época do lançamento, muitos relatos de superaquecimento surgiram de jogadores que não faziam a limpeza do console há tempos e isso só reforça o quão exigente ele é graficamente. Entre efeitos de partículas intensos, iluminação volumétrica, texturas de alta definição e batalhas colossais entre Eikons, o jogo leva o hardware ao seu limite, exigindo o máximo da GPU e do sistema de resfriamento.

Visualmente, ele impressiona em todos os aspectos: personagens com modelagem impecável, animações fluídas e expressivas, cenários belamente sombrios e momentos de pura grandiosidade visual que fazem cada combate parecer um filme. Mesmo com áreas mais fechadas em comparação a mundos abertos, a fidelidade artística e técnica compensa em cada detalhe.

Final Fantasy XVI não é apenas um jogo bonito ele é um teste de esforço para o seu console, e uma vitrine da potência gráfica que a geração pode alcançar.

7 – Black Myth: Wukong

Black Myth: Wukong já provou que não é apenas um espetáculo visual é um marco técnico desta geração. Desenvolvido pela Game Science com Unreal Engine 5, o jogo explora ao máximo tecnologias como Nanite e Lumen, entregando cenários incríveis, criaturas detalhadas e efeitos de iluminação realistas em níveis cinematográficos.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Black Myth Wukon

A ação é repleta de efeitos de partículas, magia e transformações que impressionam pela fidelidade gráfica. Nos combates, riflete uma fluidez visual rara, com ray tracing em tempo real, sombras dinâmicas e reflexos que reforçam a atmosfera mitológica oriental.

Porém, essa ambição técnica exige o preço: PC e consoles potentes são necessários para manter a experiência plena, especialmente no preset “Cinematic” com ray tracing, já que o jogo precisa de upscalers como DLSS ou FSR para manter desempenho estável

6 – Avatar: Frontiers of Pandora

Baseado no universo cinematográfico criado por James Cameron, Avatar: Frontiers of Pandora é uma verdadeira carta de amor à natureza e um dos jogos mais visualmente exuberantes da atualidade. Desenvolvido pela Massive Entertainment, o jogo entrega uma experiência visual que faz jus à grandiosidade dos filmes, com cenários que beiram o surreal de tão detalhados e vivos.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - AVATAR Frontiers of Pandora

Pandora ganha vida com uma vegetação densa e luminosa, repleta de biomas exóticos e fauna alienígena em constante movimento. A combinação entre cores vibrantes, partículas em abundância, iluminação dinâmica e efeitos atmosféricos cria um mundo pulsante e imersivo, que parece sempre pronto para ser explorado. E tudo isso com ray tracing implementado de forma inteligente, principalmente na iluminação global e reflexos, elementos que ampliam a profundidade e o realismo de cada ambiente.

Além disso, o jogo se destaca por seu uso da verticalidade, com voos a bordo dos banshees proporcionando vistas panorâmicas espetaculares e momentos de pura contemplação gráfica. A fluidez da transição entre combate, exploração e ambientes variados reforça a sensação de estar dentro de Pandora como nunca antes.

5 – Marvel’s Spider-Man 2

Spider-Man 2, da Insomniac Games, é mais do que apenas uma sequência, é um salto técnico que redefiniu o que esperamos de jogos de mundo aberto na nova geração. Desenvolvido exclusivamente para o PlayStation 5 e posteriormente lançado para PC, o jogo é um verdadeiro showcase gráfico, que brilha tanto pela fidelidade visual quanto pelo desempenho fluido.

No PS5, é impressionante ver ray tracing ativo em todos os modos gráficos, inclusive no modo desempenho, um feito raro que permite reflexos em tempo real mesmo a 60fps. As ruas de Nova York ganham vida com vitrines refletindo a cidade, superfícies molhadas que reagem dinamicamente à luz e uma densidade urbana que faz cada quarteirão parecer único. As animações durante a travessia aérea, os combates fluidos e os detalhes nos trajes de Peter e Miles mostram um cuidado técnico que vai além do esperado.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Marvels Spider Man 2

Já a versão para PC, lançada com suporte a tecnologias como DLSS, FSR e ray tracing avançado, levou a experiência a outro nível. Com hardware compatível, é possível jogar em resoluções altíssimas com todos os efeitos visuais ativados, incluindo ray tracing com múltiplas camadas de reflexo, sombras dinâmicas e ambient occlusion melhorado. A versão para PC também oferece suporte a monitores ultrawide e personalização gráfica minuciosa, permitindo que os jogadores aproveitem a Nova York mais bonita já representada nos videogames em todo seu potencial.

Além de tudo isso, a troca instantânea entre Peter e Miles, os carregamentos praticamente inexistentes e a riqueza de detalhes até mesmo nos interiores dos edifícios consolidam Spider-Man 2 como um dos mundos abertos mais tecnicamente avançados já feitos.

4 – Silent Hill 2 Remake

Um clássico do terror psicológico renascido com gráficos de última geração, Silent Hill 2 Remake representa a união entre nostalgia e tecnologia de ponta. Desenvolvido pela Bloober Team com Unreal Engine 5, o jogo ressurge com uma ambientação ainda mais opressiva, sufocante e imersiva, exatamente como os fãs esperavam, mas com o visual que a nova geração pode oferecer.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Silent Hill 2

O destaque vai para a neblina, um dos elementos mais icônicos da série, que aqui ganha vida como um sistema dinâmico, denso e volumétrico, interagindo com luz, sombra e movimento de forma realista. A cidade está decadente, úmida, suja e absurdamente detalhada. Cada parede manchada, cada prédio abandonado, cada beco escuro foi reconstruído com atenção meticulosa, gerando uma ambientação onde o terror vem tanto do que se vê quanto do que se imagina.

A iluminação é outro show à parte: o uso do ray tracing oferece reflexos e sombras realistas que intensificam a tensão a cada canto escuro. Os interiores são sufocantes, com partículas em suspensão, materiais degradados e sons ambientes que completam a atmosfera.

Na versão de PC, o jogo se mostra ainda mais impressionante. Com suporte a tecnologias como DLSS, FSR, ray tracing completo e configuração gráfica escalável, é possível extrair o máximo da engine com resultados espetaculares. Em máquinas mais robustas, Silent Hill 2 se transforma em uma experiência audiovisual absurdamente imersiva, com maior draw distance, texturas em altíssima resolução e iluminação ainda mais refinada. Claro, tudo isso exige hardware de respeito, mas o resultado final é digno de um verdadeiro pesadelo hiper-realista.

3 – Alan Wake 2

Alan Wake 2 não é apenas um jogo de terror, é uma obra audiovisual que desafia os limites da realidade e mergulha o jogador em uma experiência tão estilizada quanto tecnicamente impressionante. Desenvolvido pela Remedy Entertainment, o jogo combina fotorrealismo com elementos cinematográficos e surrealistas para criar um dos visuais mais distintos e marcantes da geração.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Alan Wake 2

A ambientação é densa e opressora, com florestas sombrias, corredores estreitos, cidades chuvosas e cenários que parecem moldar-se ao psicológico dos protagonistas. A iluminação é um personagem à parte: sombras dinâmicas, reflexos volumétricos, e contrastes fortes entre luz e escuridão não apenas aumentam o impacto estético, como também reforçam o clima de tensão constante. O uso do ray tracing aqui é exemplar, trazendo uma qualidade de luz e profundidade raramente vista em jogos atuais.

Outro diferencial é a forma como a Remedy brinca com a linguagem do cinema: Alan Wake 2 mistura cenas em tempo real com filmagens de atores reais de forma orgânica, criando transições quase imperceptíveis entre o real e o virtual. Isso não só amplia a imersão, como serve de prova da maturidade artística e técnica do estúdio.

Na versão de PC, o jogo alcança um novo patamar. Com suporte a path tracing completo (uma forma ainda mais avançada de ray tracing), tecnologias como DLSS com frame generation, e configurações gráficas que desafiam até as GPUs mais poderosas, Alan Wake 2 se consolida como um dos benchmarks gráficos mais exigentes e belos da atualidade. É o tipo de jogo que pode facilmente virar referência para demonstrações técnicas por anos.

2 – Senua’s Saga: Hellblade II

Hellblade II não é só uma sequência aguardada; é uma revolução técnica e artística no cenário dos jogos. Desenvolvido pela Ninja Theory usando o Unreal Engine 5, o título eleva a barra do realismo facial e da narrativa imersiva a níveis quase cinematográficos, estabelecendo um novo padrão para a indústria.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Hellblade 2

A captura de performance facial e corporal está tão refinada que é praticamente impossível distinguir o digital do real, especialmente nas expressões de Senua, que transmitem emoções profundas com uma naturalidade surpreendente. Cada detalhe da pele, cabelo, suor e luz é tratado com um cuidado extremo, usando tecnologia avançada como Nanite para uma geometria ultra-detalhada e Lumen para uma iluminação dinâmica e realista.

A decisão de focar em um modo gráfico único a 30fps no Xbox Series X/S, priorizando a experiência cinematográfica, reforça a intenção dos desenvolvedores de entregar uma obra de arte visual que seja contemplada em cada detalhe.

1 – Death Stranding 2: On the Beach

E, finalmente, chegamos ao jogo que é a epítome da beleza visual desta geração, e que, para mim, foi a inspiração para este artigo: Death Stranding 2: On the Beach. Hideo Kojima e a Kojima Productions, mais uma vez, superam as expectativas, entregando um jogo que não apenas é visualmente deslumbrante, mas que redefine o que esperamos de gráficos em videogames. 

Construído na Decima Engine, o jogo apresenta um nível de detalhe nos modelos dos personagens, nas texturas dos ambientes e nos efeitos de partículas que é simplesmente inigualável. A forma como a luz interage com os materiais, a expressividade dos rostos dos personagens e a complexidade dos cenários criam uma imersão que beira o inacreditável. 

Cada frame de Death Stranding 2 é uma obra de arte, uma prova do que a paixão pela inovação e a busca pela perfeição visual podem alcançar. É um jogo que não só empurra os limites técnicos, mas também estabelece um novo padrão para a direção de arte e a estética nos videogames.

Os 10 Jogos Mais Bonitos da Geração - Death Strandin 2

Esta lista é apenas um vislumbre do que esta geração tem a oferecer em termos de beleza visual. Embora o debate sobre a maturidade e a identidade desta era de consoles continue, é inegável que os avanços tecnológicos nos permitiram experimentar mundos virtuais com um nível de detalhe e realismo sem precedentes. Os jogos mencionados aqui são testemunhos do talento e da dedicação dos desenvolvedores em criar experiências que não apenas nos divertem, mas também nos deslumbram. Que venham mais obras de arte digitais para continuarmos a celebrar a beleza dos videogames.

Vale ressaltar que esta lista reflete uma visão pessoal e não deve ser considerada um parâmetro técnico rigoroso. A beleza nos videogames é subjetiva e pode ser apreciada de diversas formas. Convidamos você a compartilhar nos comentários quais são os seus jogos mais bonitos desta geração e por quê!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais notícias