LEGO Horizon Adventures é mais um jogo onde nos perguntamos o que fizeram com a originalidade da indústria.
Um titulo que mesmo para jogos LEGO é limitado, com pouco conteúdo End Game e com a típica capada de conteúdo de jogos atuais da SONY.
Realmente, não me recordo de qual foi o primeiro jogo com “LEGO” estampado na capa que joguei, mas uma coisa é certa, jogos Legos são o ápice da diversão descompromissada e Family Friendly que encontramos no mercado atualmente.
Jogando e platinando LEGOS há alguns anos já posso esperar uma certa gama de características desses jogos, seu senso de humor um tanto non sense, sua
simples, mas variada e seu fator rejogabilidade sempre muito presente.
Tudo isso fez com que me apaixonasse por jogos assim ainda no Playstation 2.
Jogando outros LEGOS fui vendo que a fórmula até poderia mudar mas sempre teríamos um padrão de qualidade muito nítido em jogos dessa franquia.
Minha surpresa ao jogar LEGO Horizon foi ver que não só o espirito de jogos LEGOS não está presente, mas também nem mesmo o pano de fundo do mundo de Horizon é capaz de sustentar esse lançamento.
O problema de Lego Horizon Adventures
Seu maior problema é não saber o que de fato ele é!
Jogando minhas mais de 15 horas, tempo suficiente para platinar o título, posso dizer confortavelmente que ou LEGO Horizon é um LEGO que não soube adaptar uma IP de jogos para o universo LEGO, ou um Horizon que tem vergonha de ser LEGO.
Chega a ser vergonhoso como todo e qualquer ponto positivo desse jogo se ofusca pelo fato de ser sempre muito pouco, a gameplay é divertida, mas muito repetitiva, os mapas são bem feitos e bonitos, mas são sempre os mesmos “blocos”, a piadas e acenos para os fãs de Horizon são divertidos e engraçados, mas novamente, sempre muito pouco e superficial.
Horizon Forbidden West é um jogo de 2022 que simplesmente foi ignorado nessa versão LEGO, e esse é meu principal argumento para cravar como LEGO Horizon é preguiçoso.
Estamos vendo a arrogância de um estúdio que imaginou que ter a logo ‘SONY’ e ‘PlayStation’ seria suficiente para boas vendas e notas aceitáveis, mas de fato, só posso sentir o mesmo sabor de comida requentada e soberba em cada novo jogo lançado.
O que o jogo Lego Horizon te oferece?
Aqui temos uma adaptação do primeiro Horizon lá de 2017, onde de forma resumida e bem humorada acompanhamos Aloy e seus amigos Erend, Varl e Teersa, lutando contra uma praga que ameaça toda a segurança da sua tribo enquanto tentamos descobrir mais sobre nosso passado e uma estranha similaridade com um holograma dos ‘antigos’.
Vale lembrar que todo e qualquer ponto do enredo aqui fica a reconhecimento do jogo Zero Dawn.
Fora os momentos de piadas a lá LEGO absolutamente tudo é dito e mostrado como vimos no primeiro jogo.
O que já deixa a primeira pergunta. Por que não temos uma adaptação lego do segundo titulo aqui também?
Tudo no jogo nos faz ter a sensação de que ele é feito com uma arrogância e prepotência proposital para assim criar a expectativa em uma sequencia onde seria colocada essas “ideias que não existem no primeiro jogo” isso fica claro quando vemos a Gameplay.
Gameplay, divertida, mas insuficiente!
Como dito antes, temos aqui 4 personagens, cada um podendo ser jogado logo após serem regatados ou convidados pela protagonista.
De início parece realmente algo louvável ter 4 personagens, ainda mais quando vemos que cada um conta com uma habilidade e arma única para começar os confrontos e umas 4 ou 5 variações dessas armas que podemos encontrar nas Runs.
O jogo então nos apresenta uma câmera um pouco mais distante e com um ângulo que lembra RTS mas com essa jogabilidade Roguelike.
Poderia ter dado certo? Sim, claro, vimos algo parecido em Minecraft Dungeons mas a diferença é que em Lego Horizon é só muito menos trabalhada essa ideia.
Para deixar claro que não é uma mera implicância, gostaria de lembrar que durante todas as runs temos sempre a possibilidade de pegar habilidades que usamos como uma ajuda no confronto, habilidades essas como granadas que puxam os inimigos ou bombas para congelar maquinas.
Porem mesmo com essas habilidades sendo comuns elas tem pouca variedade isso quando não são puramente uma função que o jogo deveria ter desde o começo.
Estou me referindo aqui a uma habilidade de botas onde nosso personagem escolhido ganha alguns usos de dash, simplesmente uma função que ajudaria muito na jogabilidade presa atrás de uma habilidade dropada com sorte.
Não temos como defender uma gameplay de ação com tão poucos recursos de ação assim.
Ficamos usando sempre a mesma variação de 5 armas com as mesmas 6 ou 7 habilidades enquanto pulamos para evitar ataques, enquanto nosso controle conta com 3 botões sem nenhuma utilidade, nosso Dualsense, que poderia ser uma ótima alternativa para implementar detalhes e vibrações únicas não apenas é sucateado mas também capado, ou por medo de usar todas as ideias nesse primeiro jogo ou por simples comodismo.
Os mapas são bonitos e bem feitos, mas novamente sentimos o medo de fazer algo que saia do raso, sempre temos esses ‘blocos’ do mapa onde alteramos apenas algumas variações de caminho, o que faz com que você, que está jogando na região das montanhas, veja exatamente o mesmo pedaço de mapa encaixado em outros pedaços de mapa que você já viu antes mas com um conjunto novo.
Juntando isso com o fato de que todas as fases tem a mesma jogabilidade, podemos dizer que a única motivação para terminar a campanha é pelo fim da historia e para ver as poucas oportunidades de caldeirões e pescoções.
Toda fase aqui conta com um corredor e alguns poucos trechos de plataforma e um ou outro caminho opcional que no final é apenas uma rota alternativa com um baú de moedas.
Depois temos uma área aberta com maquinas e inimigos humanos, um intervalo com 3 baús das habilidades que vimos antes, novamente um corredor e uma área final com mais inimigos e maquinas maiores.
Esse looping se repete desde a segunda fase do jogo até o final da sua conclusão ou platina, caso queira estender sua jogatina.
Em resumo, temos uma excelente demo!
Lembrando rapidamente que estamos falando hoje de um jogo que entrou apenas para o PS5 do lado da família Playstation não podemos relevar essas opções do estúdio.
O jogo não te apresenta nenhum motivador para alguma rejogabilidade, nem mesmo os básicos itens comprados com blocos vermelhos temos aqui.
Observação que fica ainda mais pertinente quando vemos que algumas missões tem como recompensa esses mesmos blocos vermelhos, mas acredito que pensar em algo para comprar com esses blocos daria mais trabalho.
Imagino que a ideia foi cortada (Talvez para ir para um segundo jogo) e assim temos uma das piores e mais superficiais experiencias de um jogo lego que já vi.
Comparando com jogos LEGO do PlayStation 3, LEGO Horizon Adventure se mantem como ele foi projetado, um jogo para fãs da Playstation gastarem seu dinheiro sem pensar muito se vale o investimento, pois é um titulo Playstation, então a qualidade deve estar implícita.
Agradecemos aos amigos da PlayStation Brasil e LEGO por nos enviarem uma cópia de LEGO Horizon Adventures para a criação deste review.
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