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A Plague Tale: Requiem

A Plague Tale Requiem chega para superar seu antecessor novamente no controle dos irmãos De Rune
Disponível para:
Playstation 5, Xbox Series S/X, Nintendo Switch, PC
Review escrito por:
Danilo Manzato

A Plague Tale Requiem é uma continuação direta de Innocence.

Geralmente quando falamos de sequências acabamos por esperar que elas sejam melhores que a obra original, ainda mais quando está agradou a tantos.

A Plague Tale Innocence chegou quase que despercebido e aos poucos foi conquistando os fãs com um game bem original e o carisma dos irmãos que protagonizam está história em um mundo tão caótico.

O game é uma continuação direta dos acontecimentos de Innocence passando-se apenas alguns meses após escaparem da inquisição.

Review A Plague Tale Requiem

Como está A Plague Tale Requiem

Os irmãos De Rune, juntos de sua mãe e do amigo Lucas, buscam um novo lugar para se estabelecer.

A mácula que antes tanto fez mal a Hugo parece estar curada ou no mínimo sobe controle e dias de calmaria enfim fazem parte da família.

Se tem algo que é perceptível nos primeiros minutos de jogo é como a Asobo Studio conseguiu melhorar o visual do jogo.

O game anterior já era bem bonito em seu lançamento, porém Requiem está com gráficos exuberantes e uma modelagem e captura de personagens impecáveis.

Os cenários agora são bem maiores, diferente dos que haviam no primeiro jogo que eram menores e mais claustrofóbicos, agora conseguimos andar por vastas planícies e áreas enormes.

Mesmo o jogo não sendo um mapa de mundo aberto e na maior parte do tempo devemos apenas ir do ponto A ao B, muito do que vemos no cenário ao longe acabamos alcançando depois com a exploração e evolução natural.

O crescimento de Amicia como protagonista desta história também é fato.

Em Innocence ela era uma menina cheia de medos, mas sabia que deveria ir até o fim, agora Amicia mostra ser uma pessoa mais corajosa, que mesmo com suas fraquezas enfrenta seus medos e fará de tudo para proteger sua família.

No entanto esse amadurecimento forçado nos trazem uma protagonista sofrendo com tudo que tem passado. Em alguns momentos de raiva Amicia toma atitudes inexplicáveis de violência que fazem com que seus companheiros não a reconheçam e ela própria não saiba bem o que esteja fazendo.

Todo esse stress e adrenalina a faz perder o controle de suas mãos, não consiga andar ou seguir seu caminho. Hoje em dia temos noção de que ela esteja passando por uma terrível crise de ansiedade, algo que naquela época era desconhecido.

Trazer estes detalhes enriquecem demais uma personagem que ja era uma grande protagonista. Estas escolhas de roteiro fazem com que mais uma vez Amicia seja humana, pareça ser alguém real, que sente todo esse caos em sua volta e seu corpo reflete isso.

Uma das coisas que mais me encantavam no primeiro título era justamente esta humanidade dos personagens e isso só cresceu nesta sequência.

Da mesma forma, Hugo também ganha mais protagonismo em A Plague Tale Requiem.

A macula continua em seu corpo e após um sonho, onde ele se banha em um lago e é curado, faz com que ele acredite que isso é mais que um sonho e sim uma visão. 

Porém apenas Amicia acredita em seu irmão o que fara com que a dupla mais uma vez vivenciem um nova jornada.

Desta forma enquanto em A Plague Tale Innocence tentavamos entender o que Hugo tinha, neste a trama se desenvolve em busca de uma cura para a criança.

Amicia e Hugo buscam uma cura em A Plague Tale Requiem

Tudo em Requiem é maior que Innocence e os ratos não são diferentes.

Se você achava que haviam muitos ratos no primeiro jogo, talvez não esteja preparado para as ondas infestadas da praga nesta sequência.

São milhões e milhões de ratos que funcionam semelhante ao jogo anterior, fazendo com que Amicia tenha que pensar em como passar por alguns cenários, fazendo papel muitas vezes de puzzle nos cenários.

Assim com cenários maiores a quantidade de ratos e os caminhos a serem explorados aumentaram proporcionalmente.

Como é Jogar A Plague Tale Requiem?

A gameplay continua semelhante, porém sofreu algumas melhorias que foram muito bem vindas.

A primeira, que foi muito bem vinda, é que agora as pedras são infinitas em nosso inventário, sem a necessidade de termos que ficar explorando cenário apenas atrás de munição base.

Amicia agora pode sofrer dano e embora o game continue sem contar uma barra de HP ao invés de tomar um ataque único, a protagonista sofre um dano e poderá reagir a ele.

Essas reações podem ser bater no inimigo para atordoa-lo utilizando suas atiradeira, tentar correr e se esconder novamente ou em alguns casos apunhalar e matar o inimigo.

Não contentes ainda com estas opções, Amicia também ganhou uma besta que pode ser utilizada para matar inimigos a distância ou que estejam vindo até você.

De forma alguma isso deixou o jogo mais fácil, o nível de dificuldade continua sendo bem similar ao Innocence, porém deixa o jogo mais dinâmico e também dá mais opções do que fazer antes de uma morte momentânea.

Uma nova adição também é o sistema de progressão de personagem. Existem três tipos de habilidade a serem desenvolvidas no jogo sendo Prudência, Agressividade e Oportunismo.

Cada uma dessas habilidades melhoram a jogabilidade para uma dessas características, no entanto, não é o jogador que decide onde deseja utilizar os pontos que ganha enquanto joga e sim o próprio sistema que analisa como você está jogando.

Por exemplo se passar por uma área de uma forma mais furtiva, se escondendo e evitando combates, o sistema entenderá que você está sendo prudente e assim a personagem ganhará mais habilidades relacionadas a prudência, já se ao contrário disso, você resolva eliminar todos os inimigos ele entende que seu estilo de jogo é mais agressivo e por isso dará mais habilidade de agressividade ao jogador. 

Por ser um jogo relativamente longo, durante sua jornada você passará por diversas áreas e de formas totalmente distintas, o que fará com que você chegue ao final do jogo com uma personagem equilibrada a sua maneira de jogar. 

Eu gostei muito deste sistema de árvore de habilidades, podendo levar a um replay com uma personagem bem diferente caso eu resolva tomar as ações do jogo sempre inclinado a um desses perfís.

Vale dizer também que Hugo é um personagem com mais utilidade nesta sequência durante a exploração e também o combate do jogo.

O pequeno garoto graças a mácula pode não só controlar alguns ratos como também senti-los pelo ambiente.

Assim ao explorar é capaz de sentirmos onde os ratos estão e também saber a localização de soldados e inimigos espalhados pelo cenário.

Por fim, uma das tarefas que não gostamos em Innocence eram as batalhas desnecessarias contra chefes durante a história, elas serviam apenas para quebrar o ritmo da história e muitas vezes soava como algo forçado apenas por ser video-game, felizmente em Requiem foram abolidas esse tipo de batalhas.

Interpretações de qualidade

Interpretações impecáveis em A Plague Tale Requiem

Quando joguei Innocence, lembro que fiquei impressionado com a qualidade das interpretações em especial de Amicia e Hugo.

A mudança dos tons de voz de Amicia nas diversas situações que os personagens passam é impressionante.

Seja no fervor de uma luta gritando ou enquanto sussuram escondidos o trabalho de direção nas interpretações é primoroso.

Em diversos momentos do jogo é impossível não se emocionar apenas ouvindo Amicia falando.

Vale a pena Jogar A Plague Tale Requiem

Se você gostou de Innocence, Requiem é obrigatório, sendo assim é recomendado jogar apenas depois de ter terminado o primeiro jogo.

A Asobo Studio foi muito competente melhorando tudo que havia sido criticado principalmente sobre o gameplay de Innocence.

A história mais uma vez é o grande trunfo de A Plague Tale, trazendo um roteiro maduro e uma narrativa impecável que prende o jogador e traz um misto de emoções em momentos de tensão e pureza com o pequeno Hugo.

Assim, se gosta de uma boa história, personagens marcantes e uma gameplay compentente recomendamos sem sombra de dúvidas jogar A Plague Tale Requiem.

Agradecemos a equipe da Focus Entertainment que nos enviaram uma cópia do jogo para a criação deste review

Enquanto em Innocence precisavamos entender o papel de Hugo nessa história, em Requiem já esta estabelecido desde o início. A macula domina seu corpo e eles precisam de uma cura ou Hugo ira morrer.

Este chamado de urgência é o motivo principal da história de Requiem, encontrar desesperadamente uma cura para que a criança não seja sacrificada.
É impossível não sentir o peso que a Amicia sente sendo responsável por seu irmão.

A Plague Tale Requiem é uma história pesada, angustiante com pequenas virgulas de felicidade nos momentos em que vemos Hugo nos fazendo lembrar que ele ainda é só uma criança.

Percorrer toda essa jornada que nos mostra uma esperança no fim do túnel e quando enfim chegamos ver que não existe alternativa, fez o meu dia ficar mais triste quando terminei de jogar esta história incrível.

A Plague Tale: Requiem

Disponível para:
Playstation 5, Xbox Series S/X, Nintendo Switch, PC
Versão que jogamos:
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Pontos Positivos

  • Evolução gráfica de nova geração
  • Interpretação incrível especialmente de Amicia
  • História e narrativa cativante

Pontos Negativos

  • Gameplay pode ficar repetitiva
Review escrito por:
Danilo Manzato

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