Review

Clive ‘N’ Wrench

Clive N Wrench Review
O tipo de jogo que surge para aquecer o coração dos jogadores mais velhos com nostalgia e nos apresentar algo novo mas com aquele gostinho que adoramos.
Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch, PC
Review escrito por:
Danilo Manzato

Desenvolvido por uma única pessoa, Rob Wass, Clive ‘N’ Wrench tem claras inspirações nos jogos que surgiram a partir da geração 32 bits, explorando um jogo de plataforma 3D com centenas de coletáveis pelo mapa e trazendo uma dupla do barulho disposta a viver altas confusões.

Na história Dr. Daucus rouba o projeto de maquina do tempo da professora Nancy e assim os protagonistas deverão recupera-la viajando em uma maquina do tempo em forma de geladeira. Clara homenagem ao filme De Volta para o futuro onde a ideia original era utilizar o eletrodoméstico no lugar do iconico Deloream.

Assim como Donkey tinha Diddy e Banjo tinha Kazooie, Clive o coelho conta com seu parceiro Wrench o macaco com quem viverá altas confusões.

Embora jogos com características retro que alimentam essa nossa anciã pelo sentimento nostálgico funcionem muito bem quando falamos de jogos dos 8 e 16 bits, a geração que nasceu ali no Playstation, Saturn e até mesmo Nintendo 64 não envelheceu muito bem.

Por isso é um grande desafio aos desenvolvedores que buscam trazer este estilo para os dias atuais não cometer os erros do passado, principalmente na jogabilidade.

Neste ponto Clive ‘N’ Wrench não erra, o game conta com bons movimentos, ágeis, que respondem rapidamente ao nosso comando e podemos rotacionar a câmera detalhes que eram quase impossíveis antigamente.

Como é jogar Clive ‘N’ Wrench

Clive é o personagem principal que controlamos, sendo possível realizar pulos, pulos duplos e ainda arriscar outros tipos de movimentos como correr e saltar para um pulo mais longo ou quando estamos andando para alguma direção apertarmos para o lado contrario junto ao botão de pulo para que ele de uma pirueta que funciona como um salto mais alto.

Enquanto isso Wrench fica em nossas costas e serve para atacar os inimigos com seu ataque giratório ou então nos auxiliando quando queremos planar rodopiando nosso amigo no melhor estilo Mônica rodando Sansão fazendo assim termos quedas mais suaves e controladas.

Todas essas mecânicas funcionam perfeitamente bem em cenários grandes e com muita coisa a ser explorada.

Em cada uma das fases o jogador deverá recolher centenas de relógios espalhados pelo cenário, cada qual com sua cor e valor. Além destes ainda existem moedas especiais, chaves que abrirão um cofre e por fim encontrar objetos ou personagens escondidos pela fase.

As moedas especiais servem para habilitar o chefe daquele nível, ou seja, é necessário um número especifico de moedas que vão se acumulando conforme você avança no jogo. Chegando ao número exigido a área onde se encontra o chefe fica habilitada.

As batalhas contra os chefes são interessantes e bem diversificadas, sendo que cada um possui uma maneira diferente de ser vencido seja enfrentando-o em uma arena ou apenas vencendo obstáculos até chegar nele.

Outro detalhe é que as fases são muito bem ambientadas e se destacam individualmente.

Como viajamos pelo tempo cada uma apresenta seu próprio tema, o cenário, inimigos e até mesmo nosso heróis são bem personalizados e com o estilo que a fase propõe.

Confesso que nesse quesito o game me lembrou muito GEX aquela lagartixa que ficou famosa no Playstation.

O game também não se estende muito, trazendo 11 fases com um tamanho ideal.

Embora seja divertido, Clive ‘N’ Wrench possui alguns problemas.

Diversas vezes o hitbox simplesmente falhava sem ter um tempo correto no qual devemos atacar nossos inimigos e isso acabou me irritando um pouco durante as fases.

Quanto os gráficos do jogo juro que fico em dúvida.

Eles tem uma aparência de certa forma datada, porém, não consigo dizer se este visual acabou sendo pela limitação e o desafio de se desenvolver um jogo solo ou se foi uma escolha estética do criador.

Não que o visual seja um problema, desde que o jogo funcione bem e seja criativo, o visual é um complemento, porém acredito que o jogo ganharia mais carisma com gráficos melhores.

Nesse ponto é onde tenho certas divergências quanto a escolha por se fazer um jogo independente com time pequeno ou até mesmo solo para jogos 3D.

Embora não tenhamos uma oferta tão grande atualmente de jogos de plataforma 3D quando o jogo não é muito bonito visualmente ele acaba perdendo um pouco do seu valor pois fica gritante esta deficiência.

E mesmo que seja uma opção estética, será mesmo que é a melhor opção copiar o estilo que pior envelheceu com o tempo?

Clive ‘N’ Wrench vale a pena?

O título diverte, é um jogo rápido no tamanho certo para aquela jogadinha despretensiosa de final de semana.

Sem dúvida alguma é um jogo que vai agradar muito mais aqueles que jogaram games semelhantes nos anos 90, mas também é um excelente titulo para se jogar com crianças iniciando-as em um game com boas plataformas, desafio baixo e muita coisa a ser explorada e coletada.

Agradecemos a equipe da Numskull Games que nos enviaram uma cópia para análise e criação deste review.

Não existem spoilers relevantes para Clive ‘N’ Wrench.

Clive ‘N’ Wrench

Disponível para:
Playstation 4, Playstation 5, Nintendo Switch, PC
Versão que jogamos:
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Pontos Positivos

  • Fases Criativas
  • Movimentação diversificada

Pontos Negativos

  • Gráficos defasados
Review escrito por:
Danilo Manzato

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